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Temperaturas altas prejudicam controle de plantas daninhas

    Altas temperaturas nas lavouras de soja dificultam controle de plantas daninhas

    As altas temperaturas e a irregularidade das chuvas em Mato Grosso dificultam o controle das plantas daninhas no meio das lavouras de soja

    As altas temperaturas e a irregularidade das chuvas em Mato Grosso dificultam o controle das plantas daninhas no meio das lavouras de soja, podendo colocar em risco a sobrevivência dos pés da oleaginosa. Com isso, algumas espécies acabam criando resistência a herbicidas, aumentando o alerta no campo.

    O agricultor Ari José Ferrari já fez três aplicações de herbicidas para tentar controlar a presença do capim pé-de-galinha no meio da lavoura, no município de Primavera do Leste. O capim é uma ameaça para o desenvolvimento da plantação.

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    Maior proliferação de plantas daninhas

    De acordo com especialistas, o clima adverso nesta safra no estado, provocado pelo El Niño, favorece a proliferação e aumenta a dificuldade do controle da planta daninha no campo. O pesquisador de plantas daninhas da Fundação Mato Grosso, Lucas Heringer, conta que este é um ano diferente de outras safras.

    Possibilidade da criação de um consórcio para pesquisas

    A possibilidade da criação de um consórcio unificando diferentes instituições de pesquisas também é defendida pelo setor. A medida visa dar mais agilidade e eficiência na resposta do manejo da resistência nas lavouras.

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    Sumário:

    Maior proliferação de plantas daninhas

    Possibilidade da criação de um consórcio para pesquisas

    As altas temperaturas e a irregularidade das chuvas em Mato Grosso dificultam o controle das plantas daninhas no meio das lavouras de soja, podendo colocar em risco a sobrevivência dos pés da oleaginosa. Com isso, algumas espécies acabam criando resistência a herbicidas, aumentando o alerta no campo. 

    O agricultor Ari José Ferrari já fez três aplicações de herbicidas para tentar controlar a presença do capim pé-de-galinha no meio da lavoura, no município de Primavera do Leste. O capim é uma ameaça para o desenvolvimento da plantação. 

    Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

    “O capim segura a água toda para ele e a soja, no meio dele, não nasce. Perde soja, gasta com o defensivo e não adianta. Hoje a gente pode falar que a maior dor de cabeça de praga é ele”, explica.

    Maior proliferação de plantas daninhas

    De acordo com especialistas, o clima adverso nesta safra no estado, provocado pelo El Niño, favorece a proliferação e aumenta a dificuldade do controle da planta daninha no campo. O pesquisador de plantas daninhas da Fundação Mato Grosso, Lucas Heringer, conta que este é um ano diferente de outras safras. 

    “Nós tivemos muitas regiões que no período da entressafra de junho e julho tivemos algumas chuvas e isso já deu condição da planta daninha se estabilizar na área. E estamos passando por um momento agora de plantio de soja onde as condições não estão tão favoráveis. Já tivemos condições que as plantas daninhas conseguem sobressair em relação à cultura”, disse. 

    Já o pesquisador da Embrapa, Sidnei Cavalieri, conta que existem casos confirmados da resistência simples a inibidores. 

    “Nós temos casos confirmados de resistência simples a inibidores como alguns herbicidas ativos haloxyfop, fenoxaprope, fluazifope, por exemplo, e também glifosato recentemente resistência múltipla que torna o controle ainda mais difícil. Então em um cenário desses de irregularidade climática a dificuldade de se controlar o capim pé de galinha é ainda maior, principalmente se o produtor não tem informação prévia se naquele talhão tem resistência ou não, o potencial de redução de produtividade do capim pé de galinha é muito grande”, afirma. 

    As plantas daninhas, têm tirado o sono dos produtores e a rentabilidade, desafiam as pesquisas. Esse assunto foi um dos destaques no 3º Seminário Mato-Grossense sobre Manejo da Resistência, em Cuiabá. 

    Algumas perdas nos campos chegam a 90% se não forem controladas, segundo o pesquisador de Plantas Daninhas da Fundação Mato Grosso. E que,  na média do estado, as perdas chegam a 30% ,40%. 

    Durante o encontro, foram apresentados estudos sobre a eficiência de produtos e o uso de novas tecnologias de manejo. 

    “Quando a gente fala de manejo de resistência isso é mais a longo prazo. E, envolve logicamente uma série de ações para que realmente evite. O melhor é evitar a resistência e manejá-la mais uma vez, porque ela está instalada e temos que fazer o possível para manejar e não ter impacto nenhum na produtividade. A indústria vem colaborando e é importante educar, não só o produtor mas toda a cadeia sobre a importância que é prevenir a resistência”, pontua o diretor de gestão de resistência da Bayer, Ramiro Ovejero. 

    Possibilidade da criação de um consórcio para pesquisas

    A possibilidade da criação de um consórcio unificando diferentes instituições de pesquisas também é defendida pelo setor. A medida visa dar mais agilidade  e eficiência  na resposta do manejo da resistência  nas lavouras. 

    Rafael Pitta, pesquisador da Embrapa, afirmou que existe muito conhecimento e que através da pesquisa é possível gerar muita informação e que para ser mais eficaz, é preciso gerar mais resultados. 

    “Assim, a junção de todo mundo, conversando e definindo as estratégias em conjunto eu vejo como uma melhor tática, porque o problema é comum e todo mundo quer buscar a solução, então nada melhor que trabalhar junto”, afirma. 


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    As altas temperaturas e a irregularidade das chuvas em Mato Grosso criam dificuldades no controle de plantas daninhas nas lavouras de soja, representando um risco para a sobrevivência das plantas. Algumas espécies desenvolveram resistência aos herbicidas, o que aumenta o alerta no campo.

    O agricultor Ari José Ferrari enfrenta esse problema em sua plantação no município de Primavera do Leste. Ele já realizou três aplicações de herbicidas para tentar controlar o capim pé-de-galinha, uma ameaça ao desenvolvimento da plantação. No entanto, o capim retém toda a água para si e impede o crescimento da soja, resultando em perda de produtividade e gastos com defensivos sem resultados efetivos.

    Especialistas apontam que as condições climáticas adversas desta safra, devido ao El Niño, favorecem a proliferação de plantas daninhas e tornam o controle ainda mais difícil. Lucas Heringer, pesquisador de plantas daninhas da Fundação Mato Grosso, destaca que este ano é diferente das safras anteriores, pois as plantas daninhas se estabeleceram durante a entressafra, quando ocorreram chuvas, e agora sobressaem em relação à cultura da soja, que está sendo implantada em condições menos favoráveis.

    O pesquisador Sidnei Cavalieri, da Embrapa, relata que já existem casos confirmados de resistência simples a herbicidas como haloxyfop, fenoxaprope e fluazifope, além de resistência múltipla ao glifosato. A irregularidade climática dificulta ainda mais o controle do capim pé-de-galinha, especialmente quando o produtor não possui informações prévias sobre a presença de resistência em sua área de cultivo. O potencial de redução de produtividade dessa planta daninha é bastante significativo.

    A proliferação das plantas daninhas tem afetado os produtores e a rentabilidade das lavouras, o que se tornou um destaque no 3º Seminário Mato-Grossense sobre Manejo da Resistência, realizado em Cuiabá. Estudos sobre a eficiência de produtos e o uso de novas tecnologias de manejo foram apresentados durante o evento. É importante ressaltar que o manejo da resistência é uma ação de longo prazo, que envolve uma série de medidas para prevenir o surgimento e controlar a resistência das plantas daninhas. A indústria tem colaborado nesse sentido e é fundamental educar toda a cadeia, não apenas os produtores, sobre a importância de prevenir a resistência.

    Uma possibilidade defendida pelo setor é a criação de um consórcio que unifique diferentes instituições de pesquisa, visando proporcionar maior agilidade e eficiência no manejo da resistência nas lavouras. Rafael Pitta, pesquisador da Embrapa, destaca que existe muito conhecimento disponível e que é necessário gerar mais resultados para a solução desse problema comum a todos. Trabalhar em conjunto é uma estratégia mais eficaz nesse contexto.

    Em resumo, as altas temperaturas e a irregularidade das chuvas em Mato Grosso dificultam o controle das plantas daninhas nas lavouras de soja, podendo levar à resistência dos herbicidas. Essa resistência, aliada à proliferação das plantas daninhas devido ao clima adverso, representa um desafio para os produtores. A criação de consórcios de pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias de manejo são estratégias importantes para enfrentar esse problema e garantir a rentabilidade das lavouras.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão

    O controle das plantas daninhas nas lavouras de soja em Mato Grosso tem sido um desafio devido às altas temperaturas e irregularidade das chuvas. A resistência dessas espécies a herbicidas tem se tornado um problema cada vez mais grave. Os agricultores enfrentam dificuldades para controlar o capim pé-de-galinha, uma das principais ameaças para o desenvolvimento da plantação. Especialistas destacam que o clima adverso desta safra favorece a proliferação das plantas daninhas, tornando ainda mais difícil o controle. Casos de resistência simples e múltipla a herbicidas têm sido confirmados, aumentando a preocupação dos produtores. No Seminário Mato-Grossense sobre Manejo da Resistência, foram apresentados estudos e novas tecnologias de manejo para combater esse problema. A criação de um consórcio unificando diferentes instituições de pesquisa é defendida como uma forma de agilizar as respostas e encontrar soluções mais eficazes.

    Perguntas e Respostas

    1. Quais são os principais desafios no controle das plantas daninhas em Mato Grosso?

    As altas temperaturas e a irregularidade das chuvas dificultam o controle das plantas daninhas.

    2. Qual é a principal ameaça para o desenvolvimento da soja nas lavouras?

    O capim pé-de-galinha é uma das principais ameaças para o desenvolvimento da soja nas lavouras.

    3. O que tem favorecido a proliferação das plantas daninhas nesta safra em Mato Grosso?

    O clima adverso provocado pelo El Niño tem favorecido a proliferação das plantas daninhas nesta safra.

    4. Quais os casos de resistência a herbicidas têm sido confirmados?

    Casos de resistência simples e resistência múltipla a herbicidas têm sido confirmados.

    5. O que foi discutido no Seminário Mato-Grossense sobre Manejo da Resistência?

    No seminário, foram discutidos estudos e novas tecnologias de manejo para combater a resistência das plantas daninhas.

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