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Sorgo: economia na ração e controle de parasitos

    Sorgo é capaz de reduzir custos na ração e controlar parasitos

    Estudo da Embrapa Amazônia Ocidental Revela Novas Perspectivas na Alimentação do Tambaqui

    O Impacto do Uso de Taninos na Alimentação e Sanidade do Peixe

    Por: Equipe Editorial da Embrapa


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    Sumário

    Identificação da raça de Tambaqui

    Resultados da pesquisa na Embrapa Amazônia Ocidental

    Rações experimentais

    Produto natural antiparasitário

    Em busca de ingredientes alternativos

    Uso do sorgo na alimentação dos peixes

    Os resultados da pesquisa realizada na Embrapa Amazônia Ocidental (AM) indicam que uma inclusão de 40% de baixo tanino na alimentação, se tornou a ração para tambaqui (Colossoma macropomum) mais econômica, sem acompanhar o crescimento dos peixes. Esse estudo ainda mostrou que a ração com o sorgo de altotanino propiciou redução e controle dos parasitas que a criação desse peixe. O objetivo da redução da ração e controlar os parasitas do custo de pesquisa foi a criação da espécie nativa mais produzida em piscicultura no Brasil.

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    + Maior peixe já registrado pela ciência é encontrado por pescadores

    De acordo com as informações da Embrapa, na avaliação das rações experimentais, os resultados com o soro de alto tanino indicam 44% de acantocéfalos e de 83% dos monogeneas. Esses para problemas importantes na criação de piscicultura e importantes problemas na produção. “Os valores obtidos na pesquisa são promissores para a busca de ingredientes que associem a nutrição e sanidade de peixes, sem o uso de produtos químicos e sem declarar a qualidade da pesca”, a pesquisadora da Embrapa, Cheila Boijink, que desenvolve pesquisas em sanidade de peixes, e coordena o estudo por meio do projeto “Avaliação de taninos em dietas para juvenis de tambaqui no controle de helmintos e desempenho zootécnico”. 

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    O projeto de pesquisa foi realizado de 2019 a 2021, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Em nenhum estudo foram reconhecidos taninos na forma hidrolisável (tânico tânico) e condensado (só alto tanino), com o intuito de identificar se eles possuem anti-helmíntico e não prejudicam a eficiência e o desempenho zootécnico dos animais.

    Produto natural antiparasitário

    O uso de fontes vegetais na alimentação de peixes tem aumentado nos últimos anos, a fim de atender à demanda por rações e sustentar o desenvolvimento da produção aquícola. Uma das alternativas é o uso de compostos de plantas, devido ao pouco ou nenhum efeito colateral nos peixes e ao meio ambiente e que é uma prática agrícola mais sustentável. Os produtos naturais, conhecidos como antiparasitários, são considerados uma propriedade alternativa potencial, e entre esses compostos estão o tanino, presente em várias plantas como o sorgo.

    Segundo Cheila os resultados mostram que os taninos são eficientes para o controle de helmintos, podendo ser utilizados na alimentação como um ingrediente alternativo natural, sem prejudicar o desempenho animal. Essa linha de já vem sendo desenvolvida pela pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental, os quais anteriormente controlam que outra fonte de tanino, os resíduos da bananeira, também é eficiente no controle de helmintos em tambaqui.

    Em busca de ingredientes alternativos

    Como a alimentação dos peixes na piscicultura corresponde a cerca de 70% dos custos totais de produção. Durante a  avaliação da Embrapa Amazônia Ocidental buscas alternativas com base na não economia no estado do Amazonas que possa reduzir o custo da ração para o tambaqui.

    “Com uma alimentação mais econômica, ao fim do ciclo, os custos serão inferiores a uma produção com o uso de rações que utilizem como base o farelo de soja e as commodities que possuem alta oscilação de milho, valor no mercado internacional. Além disso, o Amazonas obtém parte significativa de ingredientes e rações dos estados vizinhos, o que ainda é mais o piscicultor amazonense, que explica o pagamento pelo custo logístico desta região”, explica o pesquisador da Embrapa Jony Dairiki, que atua em Nutrição e Alimentação de espécies aquícolas da Amazônia, e participa da pesquisa.

    Dairiki observa que o sorgo (Sorghum bicolor) é um ingrediente energético de origem vegetal, com composição semelhante ao milho, porém, é um alimento com menor custo de produção se comparado ao milho. Por isso, o sorgo foi escolhido para avaliação como uma opção de matéria-prima, considerando que o custo da ração poderia ser menor com uma maior inclusão de sorgo na dieta dos peixes.

    O pesquisador informa que o plantio do sorgo se destaca pela sua rusticidade, possibilidade de cultivo na entressafra e em solos mais pobres em fertilidade e com déficit hídrico. A planta de sorgo produz grãos e matéria seca para composição de forragem que contribui na alimentação animal, o tanino é uma substância química natural do grão de sorgo.

    No entanto, não há necessidade de substituir o nível de inclusão de baixo valor para nutrição de juventude de tambaqui em substituição ao milho propiciou uma redução de 27,4% quando o nível de inclusão de baixo custo da alimentação foi reduzido de 40%.

    Outro dado importante é o que pode ser utilizado em dieta para tambaquis em até 45% de composição na formulação, sem nenhum efeito adverso ao desempenho animal, em um período de até 45 dias. Os pesquisadores acrescentam que estudos posteriores com animais para engorda e com maior período experimental precisam ser realizados para complementaridade da pesquisa, além da importante validação em pisciculturas locais.

    Resultado da pesquisa realizada na Embrapa Amazônia Ocidental

    O tambaqui (Colossoma macropomum) é a espécie nativa mais produzida em piscicultura no Brasil. A pesquisa realizada na Embrapa Amazônia Ocidental indicou que uma inclusão de 40% de baixo tanino na alimentação se tornou a ração para tambaqui mais econômica, sem acompanhar o crescimento dos peixes. Além disso, a ração com sorgo de alto tanino propiciou redução e controle dos parasitas na criação desses peixes.

    + Maior peixe já registrado pela ciência é encontrado por pescadores

    Na avaliação das rações experimentais, os resultados com soro de alto tanino indicaram redução dos parasitas acantocéfalos e monogeneas, importantes problemas na produção aquícola. A pesquisa buscou ingredientes que associem a nutrição e sanidade dos peixes, sem o uso de produtos químicos.

    O projeto de pesquisa foi realizado de 2019 a 2021, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O intuito era identificar se taninos possuem efeito anti-helmíntico e não prejudicam a eficiência e o desempenho zootécnico dos animais.

    Taninos como produto natural antiparasitário

    O uso de fontes vegetais na alimentação de peixes tem aumentado nos últimos anos. Os produtos naturais, conhecidos como antiparasitários, são considerados uma alternativa potencial para a produção aquícola, como o tanino, presente em várias plantas, como o sorgo.

    Os resultados da pesquisa mostram que os taninos são eficientes para o controle de helmintos, podendo ser utilizados na alimentação como ingrediente alternativo natural, sem prejudicar o desempenho animal.

    Busca por ingredientes alternativos na alimentação dos peixes

    A alimentação dos peixes na piscicultura corresponde a cerca de 70% dos custos totais de produção. Por isso, a busca por ingredientes alternativos de baixo custo é essencial para reduzir os custos da ração para o tambaqui.

    O pesquisador da Embrapa Jony Dairiki destaca que o sorgo é um ingrediente de origem vegetal com potencial para reduzir o custo da ração, sem prejudicar a nutrição e o desempenho dos peixes.

    Rusticidade do sorgo na piscicultura

    A planta de sorgo produz grãos e matéria seca para composição de forragem que contribui na alimentação animal, sendo uma opção de cultivo na entressafra e em solos mais pobres em fertilidade e com déficit hídrico.

    Além disso, estudos demonstraram que o sorgo pode ser utilizado na dieta para tambaquis em até 45% de composição, sem afetar o desempenho animal.

    Validação em pisciculturas locais

    Pesquisas posteriores com animais para engorda e com maior período experimental precisam ser realizados para validar os resultados obtidos, além da importância da validação em pisciculturas locais.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Pergunta 1: Qual foi o resultado da pesquisa realizada na Embrapa Amazônia Ocidental?

    O resultado mostrou que uma inclusão de 40% de baixo tanino na alimentação se tornou a ração para tambaqui mais econômica, sem afetar o crescimento dos peixes.

    Pergunta 2: Quais foram os resultados obtidos na pesquisa com o sorgo de alto tanino?

    Os resultados indicam redução e controle de parasitas da criação desses peixes, com valores promissores para a busca de ingredientes que associem nutrição e sanidade de peixes.

    Pergunta 3: Qual foi o apoio financeiro recebido para o projeto de pesquisa?

    O projeto de pesquisa foi realizado de 2019 a 2021, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

    Pergunta 4: Por que a alimentação dos peixes na piscicultura é relevante?

    A alimentação dos peixes corresponde a cerca de 70% dos custos totais de produção na piscicultura.

    Pergunta 5: Qual é o potencial do sorgo na alimentação de peixes?

    O sorgo é um ingrediente energético de origem vegetal, com composição semelhante ao milho, e possui menor custo de produção, sendo uma opção vantajosa na alimentação de peixes.

    Em conclusão, os resultados da pesquisa realizada na Embrapa Amazônia Ocidental demonstram a eficiência do uso do tanino na alimentação de tambaquis, tornando a ração mais econômica e controlando parasitas. Essa descoberta abre portas para a utilização de ingredientes alternativos na alimentação de peixes, reduzindo os custos de produção e promovendo a sustentabilidade na piscicultura. Além disso, o apoio financeiro da Fapeam contribui para o avanço dessas pesquisas e para a aplicação prática desses resultados na produção animal.

    Esperamos que essas descobertas possam impactar positivamente a indústria da piscicultura, trazendo benefícios econômicos e ambientais.

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