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Pragas florestais são tema de evento com indústrias

    Pragas florestais sao tema de evento com industrias

    O que o manejo do javali no Brasil, o controle biológico nas plantações florestais e as ferramentas de monitoramento e controle de pragas têm a ver com o desenvolvimento da indústria no Paraná? Parece difícil associar temas de um debate científico aos desafios do setor produtivo. Mas essas são as três principais questões que estão unindo universidades, pesquisadores e profissionais de zoologia com setores da indústria do estado na I Conferência “Zoologia na Indústria, novas tecnologias e perspectivas para ajudar a cadeia produtiva”. O evento faz parte da programação paralela do 34º Congresso Brasileiro de Zoologia, que acontece de 22 a 25 de agosto, no Campus da Indústria, do Sistema Federação das Indústrias do Paraná, em Curitiba.

    A Embrapa Florestas está na articulação do encontro de controle biológico de pragas florestais, que acontece no dia 24/08, às 15h. Essa agenda tornou-se prioritária porque as plantações de eucalipto e pinus no Paraná, utilizadas pelas indústrias madeireira, moveleira e de celulose e papel, são constantemente ameaçadas por pragas florestais, principalmente alguns insetos como vespas, formigas e pulgões, e até alguns mamíferos. No evento, serão discutidas as tecnologias de controle biológico e seus impactos na cadeia de base florestal.

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    Durante os três dias de evento, a conferência contará com palestras e reuniões técnicas sobre temas pré-selecionados, de interesse do setor produtivo, relacionados a diversas áreas da Zoologia. A intenção é estimular ações integradas que contribuam para levar conhecimento aos gestores das empresas sobre os desafios ligados aos fatores naturais que impactam o dia a dia das indústrias.

    Para Carlos Valter Martins Pedro, presidente do Sistema Fiep, o evento será uma grande oportunidade, principalmente para algumas áreas ligadas ao agronegócio. “Este é um importante serviço que estamos disponibilizando para a indústria em nosso estado. Queremos começar com a formação de grupos de trabalho que poderão compartilhar experiências a partir do conhecimento adquirido nas universidades para aplicação na rotina de algumas cadeias produtivas”, reforça.

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    Para Luciane Marinoni, presidente da Sociedade Brasileira de Zoologia, também membro do departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e responsável pelo Congresso, falta comunicação entre quem produz o conhecimento e quem o aplica . “Se a academia não puder produzir conhecimento, realizar pesquisas, certamente a indústria será afetada. Por isso, estamos trazendo o setor para a programação do evento para que possamos trabalhar juntos”, justifica. “Os empresários terão especialistas disponíveis para tratar de assuntos de seu interesse. E a academia poderá chamar a atenção para suas demandas, que poderão contribuir, por exemplo, na captação de recursos e no direcionamento de pesquisas em áreas que impactam diretamente seus negócios”, alerta o professor.

    Para esse debate inicial, entre o setor produtivo e especialistas, foram elencados três temas prioritários que nortearão as reuniões técnicas da conferência. Um deles é o das pragas florestais. Outro tema é o manejo e controle de javalis. A ameaça mais significativa dessa espécie exótica ao meio ambiente e ao agronegócio é de ordem sanitária, pois são agentes causadores e transmissores de diversas doenças que afetam a suinocultura industrial, outras espécies e até a saúde humana.

    Além de sua agressividade e facilidade de adaptação, a reprodução de javalis e a ausência de predadores naturais resultam em uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente para pequenos agricultores. Consideradas invasoras, causam perda de biodiversidade em escala global e representam um desafio para a conservação dos recursos naturais.

    Para encerrar a conferência, serão apresentadas experiências com o uso de novas ferramentas para monitoramento e controle de pragas em plantações de cereais. Haverá apresentação de cases de sucesso, como o uso de drones em plantações de trigo no Rio Grande do Sul, que monitoram e verificam o momento mais adequado para realizar o controle biológico de pulgões (pulgões). Essa técnica pode ser utilizada em outras áreas do agronegócio paranaense.

    Após cada palestra, haverá uma reunião técnica restrita entre representantes dos setores de interesse da indústria, afetados pelo tema apresentado, e pesquisadores da área, a fim de expor os problemas, desafios, verificar oportunidades e desenvolver potenciais soluções. Os convidados do Sistema Fiep interessados ​​em participar das reuniões técnicas estarão isentos da taxa de inscrição para a Conferência. Mas é necessário confirmar a presença pelo e-mail [email protected] pois as vagas são limitadas.

    *** No site www.cbzoo.com.br você encontra a programação completa. O formulário de participação está disponível aqui e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (45) 3025-2121.



    Fonte: Agro