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Ibovespa quebra série histórica de quedas, mas cautela persiste

    Ibovespa renova maximas desde 2022 com suporte externo apos SP

    tag:reutersPor Paula Arend Laier

    SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou com sinal positivo pela primeira vez em agosto nesta sexta-feira, quebrando uma sequência histórica de 13 pregões em baixa, mas a alta foi modesta, já que permanecem as incertezas sobre o crescimento global nos próximos trimestres.

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    Índice de referência do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa subiu 0,37%, a 115.408,52 pontos, mas ainda registra perda de 2,25% na semana.

    O volume financeiro desta sexta-feira somou 21,6 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano, que é de 25,8 bilhões de reais, apesar do vencimento das stock options nesta sessão.

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    Na véspera, o Ibovespa havia disparado 13 pregões seguidos, fechando em queda, acumulando queda de 5,36% no período. A correção ocorreu após quatro meses de altas até o final de julho, quando subiu quase 20%, e foi acompanhada pela saída de estrangeiros.

    Até o dia 16, o saldo de capitais externos na bolsa brasileira secundária foi negativo em R$ 8,6 bilhões em agosto, revertendo o movimento de junho e julho, quando as compras superaram as vendas em um total de R$ 17,2 bilhões.

    Na visão do sócio e gestor de ações da Ace Capital, Tiago Cunha, o movimento da bolsa brasileira não se deve a fatores domésticos e está alinhado ao movimento macro internacional.

    “O aumento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos e o temor de uma desaceleração na China são apontados como os principais motivos para o desempenho, não só da bolsa brasileira, mas também da maioria das bolsas do mundo, ” ele disse.

    Ele atribuiu a alta desta sexta a um movimento mais técnico, destacando também o baixo volume, que permite que fluxos não tão grandes influenciem o rumo dos negócios.

    Em Wall Street, o S&P 500 encerrou quase estável, mas acumulou uma queda de mais de 2% na semana, em meio a uma reavaliação das apostas no Federal Reserve continuando a aumentar as taxas de juros ou mantendo as taxas em níveis elevados.

    A percepção de que os estímulos monetários recentemente anunciados pelo banco central chinês não serão suficientes para reanimar a economia doméstica e a falta de anúncio de novas medidas também corroboram o viés cauteloso.

    DESTAQUES

    – REVISTA LUIZA ON avançou 6,38%, a 3 reais, em dia positivo para o varejo como um todo. No segmento de alimentação, o destaque foi o CARREFOUR ON, que fechou em alta de 5,24%. Entre as redes de vestuário, o GRUPO SOMA ON subiu 1,95%. Ainda assim, a PETZ ON ganhou 3,91%.

    – BTG PACTUAL UNIT subiu 1,49%, para 30,7 reais, levando a recuperação entre os bancos do Ibovespa, após sessão mais negativa para a maioria na véspera. O ITAÚ UNIBANCO PN encerrou com alta de 0,79% e o BRADESCO PN avançou 0,66%. O BANCO DO BRASIL ON, que valorizou na quinta-feira, ganhou 0,4%.

    – O B3 ON fechou com alta de 1,71%, a 13,66 reais, também se recuperando após uma sequência de 10 quedas, em que perdeu quase 10%, e só na véspera a ação caiu 2,75%. Antes, chegou a recuar para R$ 13,29, marcando a mínima intradiária desde o início de junho.

    – PETROBRAS PN subiu 0,25%, a 31,52 reais, com o preço do petróleo também se firmando, com o Brent fechando a sessão negociado em alta de 0,81%, a 84,80 dólares o barril.

    – VALE ON caiu 1,11%, para 61,22 reais, respondendo por um contrapeso negativo relevante, mesmo com a alta dos preços do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 2,94%, para 771,5 iuanes (US$ 105,87) a tonelada.

    – WEG ON recuou 1,76%, a 36,26 reais, também pesando e marcando a sexta queda em sete pregões. Analistas da XP Investimentos cortaram esta semana a recomendação das ações para “neutra”, citando expectativas de desaceleração da receita e retornos se estabelecendo em níveis mais baixos nos próximos anos, enquanto veem as ações precificadas corretamente.


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