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Grandes empresas estão prestes a dominar o mercado durante os períodos de confinamento

 
Publicado em 26/07/2023

Os preços em queda do boi gordo nos últimos meses e os prejuízos financeiros enfrentados no ano anterior têm impactado negativamente o confinamento de unidades de pequeno e médio porte em 2023. No entanto, as grandes empresas do setor têm expectativas positivas e esperam encerrar o ano com desempenho semelhante ao do ano anterior, aumentando sua participação no total de gado confinado no país.

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De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a média da arroba do boi em São Paulo foi de R$ 275,49 no primeiro semestre, representando uma queda de 17,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo um censo realizado por uma empresa de alimentação animal em abril de 2023, confinamentos com capacidade para receber mais de 10 mil animais devem abrigar 52% das 7 milhões de cabeças que serão terminadas nessa modalidade em 2023. O número total de cabeças confinadas deve se manter estável em relação ao ano passado, enquanto a participação dos grandes confinamentos aumentará um ponto percentual em relação ao total, ou seis pontos percentuais em comparação a 2021.

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Os pecuaristas responsáveis por grandes confinamentos e boitéis relatam que a queda no número de animais confinados no primeiro período do ano dificilmente será compensada no segundo. A incerteza no cenário econômico e o declínio do valor da arroba têm levado os pecuaristas a adotar uma postura mais cautelosa, refletindo-se em uma menor expansão ou melhorias na infraestrutura dos confinamentos.

A taxa de juros elevada também tem afetado o setor, principalmente aqueles produtores ou confinadores que operam com crédito para a compra de animais. Entretanto, alguns pecuaristas têm buscado estratégias sustentáveis, como a combinação de agricultura e pecuária, aproveitando o esterco do gado como adubo orgânico para as lavouras.

Prevê-se que a atividade de confinamento possa se consolidar nas grandes estruturas, enquanto os pecuaristas de pequeno e médio porte devem focar nas etapas de cria e recria. Com isso, muitos pecuaristas que ingressaram no setor durante o período de alta do boi gordo podem optar por deixar a atividade, devido à queda nos preços e à falta de perspectiva positiva para o setor no curto prazo. 


Jornal Campo do Campo
Os preços em queda do boi gordo têm impactado negativamente o confinamento de unidades de pequeno e médio porte em 2023. No entanto, as grandes empresas do setor têm expectativas positivas e esperam encerrar o ano com desempenho semelhante ao do ano anterior. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a média da arroba do boi em São Paulo teve uma queda de 17,3% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Um censo realizado em abril de 2023 revelou que confinamentos com capacidade para receber mais de 10 mil animais devem abrigar 52% das 7 milhões de cabeças que serão terminadas nessa modalidade em 2023. Os pecuaristas responsáveis por grandes confinamentos e boitéis relatam que a queda no número de animais confinados no primeiro período do ano dificilmente será compensada no segundo. A incerteza no cenário econômico e a queda do valor da arroba têm levado os pecuaristas a adotar uma postura mais cautelosa. A taxa de juros elevada também tem afetado o setor, principalmente aqueles produtores ou confinadores que operam com crédito para a compra de animais. Prevê-se que a atividade de confinamento possa se consolidar nas grandes estruturas, enquanto os pecuaristas de pequeno e médio porte devem focar nas etapas de cria e recria. Com isso, muitos pecuaristas podem optar por deixar a atividade, devido à queda nos preços e à falta de perspectiva positiva para o setor no curto prazo.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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