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Governo anuncia medidas para estimular crédito e PPPs

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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) – O governo lançará nesta quinta-feira um pacote com 13 medidas para estimular o crédito e a participação público-privada (PPPs), com o objetivo de facilitar o acesso e reduzir as taxas de juros no mercado de crédito, em um momento de aperto nas Brasil da oferta.

Segundo documento divulgado pelo Ministério da Fazenda, as medidas devem resultar na ampliação do acesso ao crédito de forma sustentável, reduzindo custos operacionais, inadimplência e taxas de juros no crédito ao consumidor final.

“O objetivo é, sobretudo, reduzir as barreiras e ineficiências existentes no mercado de crédito; proteger os investidores no mercado de capitais; melhorar o funcionamento das instituições que suportam a banca e os mercados de capitais; e melhorar o processo de utilização de garantias” , ele disse. a anotação.

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Os secretários da Fazenda, Rogério Ceron, e das Reformas Econômicas, Marcos Pinto, darão entrevista à imprensa às 9h, no auditório do Ministério da Fazenda, para detalhar as medidas.

Este pacote vem depois que, na terça-feira, o governo enviou formalmente ao Congresso seu plano para o novo quadro fiscal.

As medidas estão divididas em três eixos: mercado de crédito bancário, mercado de capitais e mercado de seguros.

INVESTIMENTOS

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No primeiro caso, há nove medidas. Entre elas, a secretaria do Tesouro Nacional vai alterar o manual que estabelece instruções para pedidos de verificação de limites e condições para que Estados, municípios e empresas estatais possam contratar operações de crédito, com ou sem garantia da União, para que a União dá o aval para garantir a contragarantia de projetos de parceria público-privada estaduais e municipais.

Na véspera, a Ceron já havia dito que essa medida poderia render mais de 100 bilhões de reais em investimentos nessas parcerias.

As medidas também preveem um decreto que permite a emissão de debêntures com isenção de imposto de renda para investimentos em projetos nos setores de educação, saúde e segurança pública, entre outros. Atualmente, o mecanismo é utilizado em projetos de infraestrutura econômica, como geração e transmissão de energia, construção de rodovias e ferrovias, saneamento básico, entre outros.

Segundo a apresentação do governo, entre os benefícios das medidas envolvendo PPPs estão a redução de riscos para parceiros privados e menor necessidade de alavancagem financeira, além de redução na percepção de riscos e melhoria na atratividade de projetos em entes subnacionais.

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A Fazenda informou que há 193 projetos com contratos iniciados e 153 em estruturação ou licitação.

“As medidas propostas vão aumentar o número de PPPs em entidades subnacionais. Em setores como infraestrutura educacional, as medidas podem multiplicar o número de projetos existentes”, destacou o Tesouro. “(O) aval do Tesouro pode desempenhar um papel fundamental no destravamento de PPPs em saneamento.”

Há também um projeto de lei – Novo Marco das Garantias – tramitando no Senado para aprimorar e padronizar o processo de utilização e execução de garantias constituídas sobre bens móveis e imóveis. O Tesouro apontou que melhores garantias reduzem o custo do crédito e que são subutilizadas por limitações legais.

O governo mencionou que atualmente não é possível usar o mesmo ativo como garantia para mais de uma operação de crédito. Se o arcabouço for aprovado, o governo disse, a título de exemplo, que será possível usar um ativo avaliado em R$ 200 mil para penhorar uma dívida de R$ 50 mil e o restante poderá ser usado em outros empréstimos do mesmo banco.

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“Isso permite que o cidadão se recupere mais facilmente de uma situação financeira difícil, movimentando a economia”, disse o governo.

Há também nova proposta de Projeto de Lei para permitir a utilização, como garantia de operações de crédito junto a instituições financeiras, de recursos de previdência complementar aberta, seguros de pessoas, Previdência Individual Programada e títulos de capitalização.

As demais medidas envolvem simplificação e desburocratização do crédito, acesso a dados fiscais, autorização para criação do real digital, aprimoramento dos regimes de resolução bancária e alteração na atual regulamentação da Lei do Superendividamento.

MERCADO DE CAPITAIS E SEGUROS

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No mercado de capitais, duas medidas envolvem novos PLs para aprimorar os mecanismos de proteção dos investidores minoritários contra prejuízos causados ​​por atos ilícitos de controladores e administradores e para consolidar e aprimorar a legislação que trata da infraestrutura do mercado financeiro, sob a supervisão do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. As medidas vêm depois que a Americanas pediu concordata no início deste ano.

“Acionistas e investidores lesados ​​podem ajuizar ação civil coletiva de responsabilidade, medida que se assemelha à lógica já consagrada no Código de Defesa do Consumidor”, afirmou o governo.

No mercado de seguros, um novo projeto de lei complementar visa permitir que as cooperativas de seguros ampliem o leque de ramos de seguros além dos já permitidos (seguro rural, saúde e acidentes de trabalho).

Outro PL da Câmara em tramitação no Senado busca tratar de normas de seguros privados. A medida revisa e amplia dispositivos do Código Civil sobre contratos de seguros, com o objetivo de aprimorar o regime jurídico dos seguros no Brasil.



Fonte: Noticias Agricolas

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