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Embrapa Mandioca e Fruticultura apresenta tecnologias em banana e…

De 6 a 10 de fevereiro, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, participará da Mostra Rural Coopavel 2023, em Cascavel (PR ), com a apresentação de diferentes tecnologias em mandioca e banana.

Foram instaladas experiências com variedades de mandioca para mesa e para indústria na vitrine tecnológica do evento, que tem como principal objetivo a difusão de tecnologias voltadas para o aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais.

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A equipe da Unidade é formada por Rudiney Ringenberg e Marcelo Romano, pesquisadores que atuam no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura no Centro-Sul do país, localizada na Embrapa Soja (PR), e Fernando Haddad, Helton Fleck da Silveira e Herminio Rocha , do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia. As tecnologias expostas são:

BRS 429 – Cultivar de mesa altamente produtiva (no Paraná, a produtividade média da BRS 429 foi 25,7% maior em relação às variedades tradicionais e, em São Paulo, a superioridade chegou a 53,9%), que possui porte reto (adequado para plantio mecanizado); raiz cilíndrica, mais longa e uniforme, o que confere maior aproveitamento comercial, precocidade (pode ser colhida aos oito meses); e resistência moderada às principais doenças que acometem as regiões (bacteriose e distensão). Possui polpa amarela intensa (preferida pelos consumidores), bom tempo de cozimento (média de 20 minutos), textura farinhenta, adequada tanto para o consumo mais usual (cozido e frito) quanto para obtenção de massas de boa qualidade, e sabor superior.

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BRS CS01 – Mandioca para indústria recomendada para as regiões sul/sudeste do Mato Grosso do Sul e noroeste e extremo oeste do Paraná. Nas avaliações, seu grande diferencial ficou por conta das características relacionadas à produtividade. No primeiro ciclo (colheita aos dez meses), a produtividade de raízes foi pelo menos 31% superior à das variedades tradicionalmente plantadas na região; e no segundo ciclo (safra aos 18 meses), o aumento registrado foi de cerca de 93%. Com relação às doenças, a cultivar é semelhante à mais plantada em relação à bacteriose e antracnose e menos suscetível ao estiramento. A altura reta permite o plantio mecanizado, e a alta cobertura do solo exige menos capina, o que reduz os custos. Além disso, a BRS CS01 é a primeira variedade de mandioca indicada para plantio direto, o que agrega sustentabilidade aos sistemas de produção da cultura.

BRS 399 – Cultivar de mandioca de mesa de polpa amarela de alta produtividade, podendo chegar a 70 t/ha. A arquitetura da plantinha com raminhos favorece as práticas culturais. É moderadamente resistente à ferrugem bacteriana e estiramento excessivo. Devido à sua precocidade, a BRS 399 deve ser colhida preferencialmente 8 a 12 meses após o plantio. É recomendada para Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e entorno, sendo mais indicada para plantio em solos de média a alta fertilidade. O tempo de cozimento das raízes é reduzido, e a massa apresenta textura farinhenta, sabor característico e ausência de fibras, características culinárias consideradas positivas. Essa cultivar foi selecionada a partir de uma coleção de híbridos da Embrapa Cerrados (DF).

Clone de mandioca para indústria 18/56/2010 – Adaptado para a região Centro-Sul, apresentou médias de produtividade de raízes e produtividade de amido semelhantes ou superiores às variedades testemunhas tanto no primeiro quanto no segundo ciclo. Os escores de reação à bacteriose, hiperestiramento e antracnose deste clone foram inferiores a 3 – valor máximo permitido para as três doenças – no primeiro e segundo ciclos. Além da superioridade em relação às principais variedades plantadas na região de avaliação, no que diz respeito ao rendimento de raízes e amido, e tolerância às principais doenças da mandioca, o clone se destaca pela precocidade. A possibilidade de colheita antecipada pode reduzir custos e riscos para o produtor e proporcionar agilidade no horário da colheita.

Clone de mandioca para a indústria 04/05/2010 – Mostrou-se semelhante ou superior às testemunhas em relação à produção de raízes, teor de amido e produtividade de amido e reação a bacteriose, sobrealongamento e antracnose nas safras de primeiro ciclo (em torno dos 12 meses) e segundo ciclo (cerca de 18 meses). A possibilidade de antecipar a colheita pode proporcionar ao produtor redução de custos e riscos e flexibilidade quanto ao horário da colheita, permitindo-lhe obter maior rendimento quando as condições de mercado forem favoráveis.

Rede Reniva – Mudas ou sementes de qualidade são o principal insumo agrícola para a sustentação da produção quando o objetivo é atingir níveis ótimos de produtividade e longevidade da lavoura. Desenvolvida na Rede de Multiplicação e Transferência de Mudas de Semente de Mandioca com Qualidade Genética e Fitossanitária (Reniva), uma nova técnica utiliza mini-estacas em vez do material tradicional (estacas de sementes). A inovação contorna características indesejadas, como o baixo índice de propagação e os grandes volumes de material de plantio convencional, que dificultam a logística de armazenamento e transporte das mudas para novas áreas.

Manejo integrado da murcha-de-fusário – O uso de inimigos naturais contra doenças de plantas faz parte de uma estratégia sustentável, bem estabelecida no Brasil, conhecida como controle biológico. A prática visa produzir e estabelecer o controle de qualidade do produto biológico à base de Trichoderma asperellum para uso na agricultura, principalmente na produção de banana. Sua função é orientar empresas e agricultores que produzem produtos biológicos à base de T. asperellum quanto à produção na propriedade e à realização de testes de controle de qualidade, gerando produtos seguros, eficazes e que atendam às expectativas dos usuários.



Fonte: Noticias Agricolas

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