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Em dia de queda generalizada das commodities, soja cai fortemente em Chicago e…

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A quinta-feira (20) foi um dia de novas mínimas para os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago. As cotações caíram, entre os contratos mais negociados, entre 9 e 11 pontos, levando maio a US$ 14,97 e julho a US$ 14,68 por bushel, enquanto setembro encerrou a sessão em US$ 13,62. Os contratos futuros de óleo e farelo também fecharam no vermelho.

Além das correções técnicas após as últimas altas, o mercado também cedeu diante de alguns pontos fundamentais, bem como interferências do cenário macro que volta a se intensificar. “Por um lado, os piores dados econômicos e a inflação que não cai, e por outro, a grande safra brasileira e a continuidade da queda dos prêmios”, explica a equipe da Agrinvest Commodities.

Além disso, a sinalização do Federal Reserve de novas altas de juros nos EUA ajudou a derrubar as commodities em geral nesta semana, com perdas que passaram de 2% – tanto no Brent quanto no WTI – ou 4% no algodão negociado na Nova Bolsa de Valores de York. No café, cai em torno de 3%.

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Na CBOT, os contratos futuros de trigo também caíram fortemente, pressionados não apenas pelo setor financeiro e acompanhando essa perda generalizada de commodities, mas também refletindo a alternativa de exportar os grãos ucranianos pela Polônia. Na Euronext, também de acordo com a Agrinvest, os preços dos cereais caíram mais de 2%. Além disso, a melhora nas condições do trigo de inverno nos EUA e o avanço do plantio de primavera nos EUA também foram fatores de pressão sobre os preços.

A consultoria também destacou a queda dos preços não só do trigo, mas também do arroz na China. No país asiático, “os preços continuam caindo, aumentando a possibilidade de substituição do milho na ração. Além disso, a demanda nos últimos leilões de arroz e trigo está cada vez mais fraca”.

E a demanda da China continua sendo uma questão ainda não totalmente respondida pelo mercado, segundo especialistas. “Essa é a grande questão. Os dados da produção de ração animal e do percentual de farelo de soja utilizado são preocupantes. Os futuros do farelo na Bolsa de Dalian continuam em queda, com volume crescente”, diz a Agrinvest.

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Nesta quinta-feira, os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as vendas semanais chegaram fracos, em apenas 100,1 mil toneladas, bem abaixo das expectativas do mercado de 250 mil a 425 mil toneladas na safra 2022/23. . “A China comprou apenas 35,1 mil toneladas para a safra atual”, analisa a consultoria. Para a safra 2023/24, as vendas foram de apenas 3 mil toneladas, mas dentro da faixa esperada pelo mercado de 0 a 175 mil toneladas.

CLIMA NOS EUA

Sobre o clima nos EUA, as notícias continuam chegando, mas com impacto limitado. As condições estão melhorando para o trabalho de campo, sem causar – pelo menos por enquanto – grandes preocupações para o mercado. “O clima dos EUA para maio ainda não tem uma grande história para contar”, disse a especialista internacional em commodities Karen Braun.

Os mapas abaixo mostram as condições de temperatura e precipitação, respectivamente, dentro da normalidade para o período. As previsões foram trazidas nesta quinta-feira pelo NOAA, o serviço meteorológico oficial dos Estados Unidos.

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os temporários dos EUA podem
Mapa: NOAA
EUA chove em maio
Mapa: NOAA

“O clima úmido ainda está se movendo para o leste, com o vale do rio Ohio agora esperando ver os totais mais altos entre sexta e segunda-feira, de acordo com o mais recente mapa cumulativo de chuvas de 72 horas da NOAA”, informou. o portal americano Farm Futures.

EUA 72h
Previsão de chuva para 21 a 24 de abril nos EUA – Mapa: NOAA

“Mais à frente, a perspectiva de 8 a 14 dias da agência prevê o desenvolvimento de clima sazonalmente seco em grande parte do cinturão do milho ocidental entre 27 de abril e 3 de maio, com temperaturas mais baixas do que o normal provavelmente no meio-oeste e nas planícies. “, completam os analistas norte-americanos.

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Previsão de temperatura de 28 de abril a 4 de maio – Mapa: NOAA
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Previsão de chuva para 28 de abril a 4 de maio – Mapa: NOAA
ENQUANTO ISSO NO BRASIL

Enquanto isso, no Brasil, os preços da soja estão testando seus piores patamares do ano, conforme informa o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting. Sem margem para melhoria dos prémios e com a pressão sobre os mesmos a agravar-se, renovam-se as mínimas e, a par das mínimas de Chicago, observam-se mais perdas no mercado nacional, tanto no interior como nos portos do país. “E o preço pode cair ainda mais na próxima semana”, diz.

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O consultor destaca que além de todos os fatores que continuam pressionando os preços no mercado brasileiro, principalmente por conta dos prêmios, uma onda maior de vendas pode ser registrada nos próximos dias. “É o efeito manada, tem produtores que precisam lucrar”, acrescenta.

Os prémios que ontem chegaram a menos 230 cêntimos nos portos, voltaram esta quinta-feira a menos 215 cêntimos, devido à queda do dólar. “Mas isso acaba não servindo para segurar as cotações. Só aparece um prêmio positivo agora para setembro, de 20 para 40 centavos positivos”.

No entanto, Brandalizze alerta para a possibilidade de novas baixas, já que a infraestrutura é e será a mesma diante da chegada de uma segunda safra bastante robusta, como se espera. “É muito grão para deixar e pouco espaço para atracar navios e carregar”. E complementa dizendo que o Brasil ainda tem 85 milhões de toneladas a serem negociadas.



Fonte: Noticias Agricolas