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Dólar à vista cai com fluxo de recursos, na contramão do exterior

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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa ante o real em meio a uma venda da moeda norte-americana por exportadores e um fluxo de recursos, enquanto no exterior a moeda norte-americana se manteve em alta frente à maioria das demais.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7797 reais na venda, com queda de 0,45%. Na semana, a moeda norte-americana acumula queda de 0,33%.

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Na B3, às 17h15 (horário de Brasília), o primeiro contrato futuro de dólar caía 0,46%, a R$ 4,7855.

No início do dia, às 9h01, o dólar à vista atingiu a máxima de 4,8261 reais (+0,51%), dando continuidade ao movimento da véspera e mantendo-se em sintonia com o mundo exterior, onde o sinal também foi positivo.

Com a moeda na faixa de R$ 4,82, porém, os exportadores aproveitaram para vender moeda, o que pesou nas cotações. Além disso, segundo um profissional ouvido pela Reuters, os investidores estrangeiros internalizaram recursos, o que reforçou o viés negativo para a moeda norte-americana.

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Às 10h57, o dólar à vista marcava baixa de 4,7599 reais (-0,87%).

“O Brasil ainda mantém uma taxa de juros alta, o que tende a manter um fluxo positivo de dólares. Temos visto um bom fluxo de investidores estrangeiros há alguns dias, porque a cotação do real ainda está muito boa”, comentou Luiz Felipe Bazzo, presidente da Transferbank.

“Enquanto os juros no Brasil não estiverem baixos, enquanto a Selic não estiver em um dígito, o que não deve acontecer tão cedo, há uma boa janela para apostar no real, e essa é a mentalidade dos estrangeiros”, acrescentou.

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A sexta-feira foi de agenda vazia no exterior e no Brasil, o que deixou os mercados sem novidades para operar. Aqui, o Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Fazenda divulgaram o relatório bimestral de receitas e despesas, com novas projeções para a área fiscal em 2023.

O governo passou a projetar um déficit primário de R$ 145,4 bilhões neste ano, o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado pior do que o déficit de R$ 136,2 bilhões previsto em maio.

Apesar do resultado, o secretário de Orçamento da União, Paulo Bijos, destacou em entrevista coletiva sobre os números que a meta fiscal autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 é de déficit de R$ 238 bilhões e que o governo segue abaixo dela.

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Os números não fizeram um preço no mercado de câmbio.

No exterior, no final da tarde, o dólar manteve-se em alta frente às moedas fortes e em relação à maioria das moedas de países exportadores de commodities ou emergentes. O real brasileiro foi uma exceção.

Às 17h15 (horário de Brasília), o índice do dólar – que mede o comportamento da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – subia 0,28%, a 101,050.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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