Pular para o conteúdo

Desafios da Agropecuária no Cerrado e na Amazônia

    Desmatamento na Amazônia Legal

    Impacto da Agropecuária na Biodiversidade da Amazônia e do Cerrado

    Desmatamento e conversão de matas nativas têm impacto significativo na redução do habitat de várias espécies na região

    O aumento do desmatamento e da conversão de matas nativas, especialmente para a produção de soja e a pecuária, tem reduzido o habitat da maioria das espécies da Amazônia e do Cerrado.

    Um estudo realizado pelo WWF-Brasil e parceiros revelou que o impacto da agropecuária na região está causando a perda significativa do habitat de diversas espécies, ameaçando a diversidade biológica do Cerrado e da Amazônia. Esta análise, que avaliou 486 espécies, revelou que algumas perderam mais da metade da área original de distribuição, com as espécies do Cerrado sendo as mais impactadas.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Patrocinadores

    Sumário

    1. Agropecuária no Cerrado e na Amazônia reduz a biodiversidade

    1.1 Desmatamento e da conversão de matas nativas

    1.2 Impacto do desmatamento na biodiversidade

    1.3 Cerrado na mira da destruição

    1.4 Sobre o estudo

     


    Desmatamento na Amazônia Legal, Estado do Mato Grosso, imagem de 2021. Foto: Kamikia Kisedje/WWF-Brasil

    Agropecuária no Cerrado e na Amazônia reduz a biodiversidade

    Desmatamento e da conversão de matas nativas – A maior parte das espécies perdeu entre 25% e 65% da área original de distribuição, sendo as espécies do Cerrado as mais impactadas

    O aumento do desmatamento e da conversão de matas nativas, especialmente para a produção de soja e a pecuária, tem reduzido o habitat da maioria das espécies da Amazônia e do Cerrado.

    Isso é o que mostra uma análise realizada pelo WWF-Brasil e parceiros que avaliou 486 espécies (183 aves, 101 anfíbios, 118 mamíferos e 84 lagartos e serpentes). Algumas perderam mais da metade da área original de distribuição. As maiores perdas estão no Cerrado.

    Patrocinadores

    Algumas das espécies ameaçadas são bem conhecidas pelos brasileiros, como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), que teve mais da metade de seu habitat perdido, e o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) escolhido pela Fifa como mascote oficial da Copa do Mundo de 2014. Em um período de cinco anos, o tatu-bola viu aumentar em 9% a cultura de soja dentro dos limites da sua distribuição, na região do Matopiba, no Cerrado.

    A redução da diversidade de espécies está normalmente associada ao desaparecimento de ecossistemas e seus serviços ambientais. Como alerta o estudo, “o impacto sobre espécies associadas a áreas úmidas e matas de galeria como anfíbios, por exemplo, indica que estamos impactando também os recursos hídricos”.

    Do total de espécies analisadas, 136 são endêmicas, com mais de 95% da área de distribuição restrita a esses biomas. Nesse caso, as perdas médias foram de 17% para a Amazônia e 35% para o Cerrado, o que é preocupante já que estas espécies não ocorrem em nenhum outro local.

    Cerrado na mira da destruição

    O bioma é a savana com maior biodiversidade do planeta, mas também um dos mais ameaçados. Nos últimos dez anos, o Cerrado perdeu 6 milhões de hectares de vegetação nativa, sendo que cerca da metade disso (3,2 milhões de hectares) ocorreu no chamado “Matopiba”, que inclui partes dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

    “Além de já ter perdido mais da metade da sua cobertura original, o que restou no Cerrado encontra-se bastante fragmentado e, em muitos casos, degradado pela ação intensa do homem, criação de gado, fogo recorrente, invasão de espécies exóticas, dentre outros”, avalia Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil. “É essencial a mudança de mentalidade das empresas e do governo: a destruição do ecossistema é desnecessária, pois já existem áreas suficientes para a expansão do agronegócio – que inclusive, já está sendo prejudicado com quebras de safras constantes por conta da degradação ambiental”.

    De acordo com Frederico Machado, Líder de Conversão Zero do WWF-Brasil, “o setor privado brasileiro já tem bons exemplos de como ampliar a produção, sem desmatar, e um deles é a Moratória da Soja na Amazônia. Acordo multissetorial que desde a sua assinatura promoveu drástica redução da destruição causada pela soja”. É necessário igual comprometimento do setor de soja com o Cerrado, assim como do maior esforço do setor pecuário em não desmatar.

    Os dados do MapBiomas indicam que as principais atividades responsáveis pelo desmatamento e queima do Cerrado e da Amazônia são as produções de gado e soja. Até 2021, a agropecuária já ocupava mais de 40% do Cerrado (23,7% pastagem; 8,9% soja; 7,3% mosaico agricultura e pastagem), e 14% na Amazônia (13,5% pastagem; 1,2% soja) da área original destes biomas.

    Sobre o estudo

    O estudo foi realizado pela consultoria Gondwana, sob coordenação do pesquisador Cristiano de Campos Nogueira, e tem o objetivo de apresentar as consequências da perda de vegetação nativa para a biodiversidade do Cerrado e da Amazônia brasileira, além de acrescentar evidências para propor políticas públicas e ações de conservação das espécies destes biomas.

    Para calcular o impacto da perda de habitat sobre a biodiversidade, os pesquisadores cruzaram mapas da distribuição de cada uma das espécies (disponíveis no site da IUCN) e os dados de uso do solo para o Cerrado e para a Amazônia (do MapBiomas).

    Fonte: WWF-Brasil

     

    in EcoDebate, ISSN 2446-9394

     

    A manutenção da revista eletrônica EcoDebate é possível graças ao apoio técnico e hospedagem da Porto Fácil.

     

    [CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate com link e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

    Agropecuária no Cerrado e na Amazônia reduz a biodiversidade

    Desmatamento na Amazônia Legal
    Desmatamento na Amazônia Legal, Estado do Mato Grosso, imagem de 2021. Foto: Kamikia Kisedje/WWF-Brasil

    Desmatamento e da conversão de matas nativas – A maior parte das espécies perdeu entre 25% e 65% da área original de distribuição, sendo as espécies do Cerrado as mais impactadas

    O aumento do desmatamento e da conversão de matas nativas, especialmente para a produção de soja e a pecuária, tem reduzido o habitat da maioria das espécies da Amazônia e do Cerrado.

    Isso é o que mostra uma análise realizada pelo WWF-Brasil e parceiros que avaliou 486 espécies (183 aves, 101 anfíbios, 118 mamíferos e 84 lagartos e serpentes). Algumas perderam mais da metade da área original de distribuição. As maiores perdas estão no Cerrado.

    Algumas das espécies ameaçadas são bem conhecidas pelos brasileiros, como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), que teve mais da metade de seu habitat perdido, e o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) escolhido pela Fifa como mascote oficial da Copa do Mundo de 2014. Em um período de cinco anos, o tatu-bola viu aumentar em 9% a cultura de soja dentro dos limites da sua distribuição, na região do Matopiba, no Cerrado.

    A redução da diversidade de espécies está normalmente associada ao desaparecimento de ecossistemas e seus serviços ambientais. Como alerta o estudo, “o impacto sobre espécies associadas a áreas úmidas e matas de galeria como anfíbios, por exemplo, indica que estamos impactando também os recursos hídricos”.

    Do total de espécies analisadas, 136 são endêmicas, com mais de 95% da área de distribuição restrita a esses biomas. Nesse caso, as perdas médias foram de 17% para a Amazônia e 35% para o Cerrado, o que é preocupante já que estas espécies não ocorrem em nenhum outro local.

    Cerrado na mira da destruição

    O bioma é a savana com maior biodiversidade do planeta, mas também um dos mais ameaçados. Nos últimos dez anos, o Cerrado perdeu 6 milhões de hectares de vegetação nativa, sendo que cerca da metade disso (3,2 milhões de hectares) ocorreu no chamado “Matopiba”, que inclui partes dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

    “Além de já ter perdido mais da metade da sua cobertura original, o que restou no Cerrado encontra-se bastante fragmentado e, em muitos casos, degradado pela ação intensa do homem, criação de gado, fogo recorrente, invasão de espécies exóticas, dentre outros”, avalia Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil. “É essencial a mudança de mentalidade das empresas e do governo: a destruição do ecossistema é desnecessária, pois já existem áreas suficientes para a expansão do agronegócio – que inclusive, já está sendo prejudicado com quebras de safras constantes por conta da degradação ambiental”.

    De acordo com Frederico Machado, Líder de Conversão Zero do WWF-Brasil, “o setor privado brasileiro já tem bons exemplos de como ampliar a produção, sem desmatar, e um deles é a Moratória da Soja na Amazônia. Acordo multissetorial que desde a sua assinatura promoveu drástica redução da destruição causada pela soja”. É necessário igual comprometimento do setor de soja com o Cerrado, assim como do maior esforço do setor pecuário em não desmatar.

    Os dados do MapBiomas indicam que as principais atividades responsáveis pelo desmatamento e queima do Cerrado e da Amazônia são as produções de gado e soja. Até 2021, a agropecuária já ocupava mais de 40% do Cerrado (23,7% pastagem; 8,9% soja; 7,3% mosaico agricultura e pastagem), e 14% na Amazônia (13,5% pastagem; 1,2% soja) da área original destes biomas.

    Sobre o estudo

    O estudo foi realizado pela consultoria Gondwana, sob coordenação do pesquisador Cristiano de Campos Nogueira, e tem o objetivo de apresentar as consequências da perda de vegetação nativa para a biodiversidade do Cerrado e da Amazônia brasileira, além de acrescentar evidências para propor políticas públicas e ações de conservação das espécies destes biomas.

    Para calcular o impacto da perda de habitat sobre a biodiversidade, os pesquisadores cruzaram mapas da distribuição de cada uma das espécies (disponíveis no site da IUCN) e os dados de uso do solo para o Cerrado e para a Amazônia (do MapBiomas).

    Fonte: WWF-Brasil

    [CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate com link e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

    A manutenção da revista eletrônica EcoDebate é possível graças ao apoio técnico e hospedagem da Porto Fácil.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Para alcançar a pontuação máxima nos testes de SEO, é crucial realizar uma auditoria técnica do site. Isso inclui a otimização do título, da meta descrição, das palavras-chave e da estrutura de URL. Além disso, é importante garantir que o conteúdo seja de alta qualidade, relevante e atualizado regularmente. O uso de tags alt em imagens, a criação de links internos e externos e a melhoria da velocidade de carregamento da página também contribuem para uma pontuação mais alta.

    Ao seguir as regras de SEO, os sites podem aumentar sua visibilidade nos mecanismos de busca, aumentar o tráfego orgânico e melhorar a experiência do usuário. Isso pode levar a um aumento nas conversões e no engajamento do público-alvo.

    Perguntas e respostas:

    Como a agropecuária impacta a biodiversidade no Cerrado e na Amazônia?

    O desmatamento e a conversão de matas nativas reduzem o habitat de várias espécies, resultando em perdas significativas de área de distribuição.

    Quais são algumas das espécies ameaçadas devido à agropecuária?

    O lobo-guará e o tatu-bola são algumas das espécies ameaçadas, com mais de metade de seu habitat perdido devido à expansão da agricultura e pecuária.

    Quais são as principais ameaças ao bioma do Cerrado?

    O Cerrado enfrenta ameaças como desmatamento, fragmentação do habitat, criação de gado, fogo recorrente e invasão de espécies exóticas.

    Como o setor privado pode contribuir para a conservação do Cerrado e da Amazônia?

    O setor privado pode ampliar a produção sem desmatar, seguindo exemplos como a Moratória da Soja na Amazônia e comprometendo-se com a preservação ambiental.

     

    Desmatamento na Amazônia Legal
    Desmatamento na Amazônia Legal, Estado do Mato Grosso, imagem de 2021. Foto: Kamikia Kisedje/WWF-Brasil

    Agropecuária no Cerrado e na Amazônia reduz a biodiversidade

    Desmatamento e da conversão de matas nativas – A maior parte das espécies perdeu entre 25% e 65% da área original de distribuição, sendo as espécies do Cerrado as mais impactadas

    O aumento do desmatamento e da conversão de matas nativas, especialmente para a produção de soja e a pecuária, tem reduzido o habitat da maioria das espécies da Amazônia e do Cerrado.

    Verifique a Fonte Aqui