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Compromissos da indústria de carne com sustentabilidade no Cerrado

    Indústria da carne assume compromissos com pecuária sustentável no Cerrado

    A importância do Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado

    A atividade pecuária no Cerrado enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados ao desmatamento e à sustentabilidade socioambiental. Nesse contexto, o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado surge como uma ferramenta crucial para promover práticas responsáveis na produção e compra de gado nesse bioma. Desenvolvido por diversas organizações e empresas do setor, esse Protocolo estabelece 11 critérios essenciais que visam garantir a conformidade socioambiental dos produtores, auxiliando na preservação do meio ambiente e no respeito aos direitos humanos.

    O cenário preocupante do desmatamento no Cerrado

    Nos últimos anos, o Cerrado tem se tornado alvo do desmatamento, tornando-se um epicentro dessa prática devastadora. Os números alarmantes de áreas desmatadas destacam a urgência de ações concretas para proteger esse bioma único, que abriga uma enorme biodiversidade e recursos hídricos essenciais para o país. Com a implementação do Protocolo do Cerrado, será possível estabelecer medidas de controle e monitoramento mais eficazes para evitar a degradação ambiental na região.

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    O papel do Protocolo na promoção da pecuária sustentável

    O Protocolo do Cerrado não apenas define critérios de conformidade, mas também incentiva a adoção de práticas sustentáveis ao longo de toda a cadeia de fornecimento de gado. Mesmo sem conceder certificações específicas, essa iniciativa contribui significativamente para melhorar os processos de controle e garantir a transparência nas informações disponíveis para compradores e investidores. Ao seguir os padrões estabelecidos pelo Protocolo, as empresas do setor pecuário podem se destacar no mercado e atender às crescentes demandas por produtos responsáveis e sustentáveis.

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    Impacto do Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado

    Com a intensificação do combate ao desmatamento na Amazônia, o Cerrado se tornou o epicentro dessa prática. O último Prodes Cerrado apurou 11.011 km² de corte raso, evidenciando a urgência de medidas para proteger esse bioma. O Protocolo do Cerrado estabelece 11 critérios, como a conformidade com o Cadastro Ambiental Rural e a proibição de supressão de espécies nativas. Essas diretrizes visam inibir práticas ambientais e socioeconômicas prejudiciais na produção pecuária.

    Efeito nas Práticas do Setor Pecuário

    O Protocolo do Cerrado não garante certificação, mas estimula a melhoria dos processos de controle da cadeia de fornecimento. Ao exigir transparência e conformidade socioambiental dos produtores, promove uma produção mais responsável. A adesão crescente de empresas, como a JBS, demonstra a importância dessa iniciativa para garantir a sustentabilidade do setor pecuário no bioma.

    Expansão e Adesão ao Protocolo

    O Protocolo do Cerrado se inspira no sucesso do Boi na Linha, implantado na Amazônia, e busca ampliar sua aplicação no Brasil. A meta da ABIEC de adotar padrões de monitoramento em todo o país reflete a relevância desse Protocolo. Com a união de esforços de diversas organizações e empresas, a iniciativa promete ser um marco na busca por uma produção pecuária mais sustentável e responsável.

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    Uma nova era para a pecuária no Cerrado

    A pecuária no Cerrado recebeu um importante impulso com o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado, que estabelece critérios socioambientais e promove a produção e compra responsável. A participação de diversas organizações, empresas e entidades no desenvolvimento desse protocolo demonstra um movimento em direção a práticas mais sustentáveis no setor pecuário.

    Papel fundamental das empresas na adesão

    A adesão das empresas ao Protocolo de Monitoramento é essencial para impulsionar mudanças significativas nas práticas do setor. A JBS, por exemplo, já está integrando o protocolo em suas políticas e incentivando outras empresas a fazerem o mesmo. O envolvimento do setor privado é fundamental para garantir a eficácia do protocolo e a promoção da pecuária sustentável.

    O caminho para a pecuária sustentável

    O Protocolo do Cerrado não apenas estabelece critérios de conformidade socioambiental, mas também contribui para o aprimoramento dos processos de controle da cadeia de fornecimento e para a transparência de informações. Com a continuidade e ampliação da adesão ao protocolo, a pecuária no Cerrado pode caminhar rumo a práticas mais sustentáveis e responsáveis, atendendo às demandas crescentes do mercado e contribuindo para a conservação desse importante bioma.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    O Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado

    A atividade pecuária no Cerrado ganhou um importante lastro com o desenvolvimento do Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no bioma. Descubra mais sobre esse protocolo e sua importância nos parágrafos a seguir.

    O que é o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado?

    O Protocolo é uma ferramenta desenvolvida para listar 11 critérios e estabelecer uma base comum de conformidade socioambiental para os criadores de gado na região do Cerrado. Ele funciona como um guia para a produção e compra responsável, visando atender às demandas dos mercados mais exigentes.

    Quais foram as entidades responsáveis pela elaboração do Protocolo?

    O Protocolo foi elaborado em um esforço coordenado pelas organizações Proforest, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e National Wildlife Federation (NWF). Além disso, contou com contribuições de diversas outras entidades, varejistas, frigoríficos e sociedade civil, resultando em um documento abrangente e colaborativo.

    Qual o impacto do desmatamento no Cerrado e como o Protocolo pode ajudar nessa questão?

    O Cerrado tem sido afetado pelo desmatamento, tornando-se o epicentro dessa prática. O Protocolo do Cerrado estabelece critérios que auxiliam os produtores a adotarem práticas mais sustentáveis, como conformidade com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e análises de trabalho escravo e embargos ambientais, contribuindo para a conservação da região.

    O que diferencia o Protocolo do Cerrado de uma certificação tradicional?

    Apesar de não fornecer uma certificação ou selo de garantia, o Protocolo do Cerrado melhora os processos de controle da cadeia de fornecimento e aprimora os critérios de compras de produtos pecuários. Ele promove a transparência das informações dos aderentes, disponibilizando os dados em uma plataforma bilíngue para compradores e investidores do setor.

    Quais são os próximos passos para a ampliação da adesão ao Protocolo?

    Os esforços agora se concentram na ampliação da adesão dos frigoríficos, com a meta de que os associados da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (ABIEC) adotem os padrões de monitoramento em todo o Brasil em até dois anos. O Protocolo do Cerrado desempenha um papel fundamental ao unificar critérios e destacar boas práticas para as empresas que buscam avançar na sustentabilidade.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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    247 – A atividade pecuária no Cerrado ganhou nesta terça-feira (23) um lastro que reforçará compromissos junto aos mercados mais exigentes. O Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado desenvolvido para esse bioma elenca 11 critérios e gera uma base comum de conformidade socioambiental para os criadores, funcionando como um guia para a produção e compra responsável.

    Em elaboração desde 2020, o Protocolo é fruto de um esforço coordenado pelas organizações Proforest, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e National Wildlife Federation (NWF). Contou ainda com contribuições diretas de WWF Brasil, indústria alimentícia e empresas compradoras, além do Ministério Público Federal, entidades do setor pecuário e sociedade civil.

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    “O Protocolo do Cerrado é uma importante ferramenta para o setor se preparar para as crescentes demandas do mercado para a carne brasileira. É resultado de uma ampla convergência entre varejistas, frigoríficos e sociedade civil para equilibrar os anseios de proteção dos recursos naturais e dos direitos humanos em relação às realidades da produção no campo. Nosso intuito é que tenha adesão crescente das empresas da cadeia pecuária, promovendo mudanças nas práticas do setor nesse bioma específico e até no país”, afirma Isabella Freire, diretora executiva da Proforest.

    “A JBS apoia e é uma das primeiras empresas de alimentos a integrar o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado. A Companhia participou da construção conjunta do projeto desde o início e, na largada, já cumpre em sua Política de Compra Responsável os 11 critérios estabelecidos para a conformidade socioambiental dos produtores. Esperamos, aqui na JBS Brasil, que haja uma unificação e a aplicação de protocolos nos demais biomas também. O Cerrado conta com 30% das fazendas fornecedoras e responde por 47,8% dos bovinos processados pela JBS. Para seus fornecedores diretos no Cerrado, a JBS já alcançou a meta de desmatamento ilegal zero”, diz a diretora de Sustentabilidade da JBS, Liège Correia.

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    Com a intensificação do combate ao desmatamento na Amazônia, o Cerrado se tornou o epicentro dessa prática. O último Prodes Cerrado, divulgado em novembro passado, apurou 11.011 km² de corte raso, de agosto de 2022 a julho de 2023 — aumento de 3% em relação à medição anterior. O índice também representa 2 mil km² a mais do que o apurado pelo Prodes Amazônia no mesmo período — o sistema Prodes registra os dados oficiais de desmatamento no Brasil. Só no primeiro trimestre deste ano, os alertas do sistema Deter, que monitora em tempo real a alteração da cobertura florestal, apontaram 1.475 km² de destruição no Cerrado. O crescimento foi de 4% em relação ao apurado no mesmo período no ano passado e chegou ao patamar mais alto da série histórica.

    São muitas e graves as consequências da perda de vegetação nativa para a conservação do Cerrado, que se estende por municípios de 14 estados (além do Distrito Federal), concentra a maior biodiversidade de savana do mundo e reúne oito das principais bacias hidrográficas brasileiras. Nas últimas quatro décadas, pastagem e agricultura se expandiram rapidamente nessa paisagem. O Cerrado concentra cerca de 36% de todo o rebanho brasileiro e mais de 63% da produção de grãos, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontavam, em 2022, havia 60 milhões de cabeças de gado nesse bioma.

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    Com os critérios que estabelece, o Protocolo do Cerrado traz luz a esse cenário, ao apresentar ao produtor parâmetros como conformidade com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), eventuais sobreposições com áreas de desmatamento e supressão de espécies nativas ou protegidas (como terras indígenas, quilombolas e Unidades de Conservação). Ele prevê ainda o cruzamento com listas públicas de trabalho escravo e de embargos ambientais, além de análises da Guia de Trânsito Animal (GTA) e da produtividade do criador, como forma de inibir a triangulação de animais provenientes de áreas com irregularidades ambientais ou sociais.

    Mesmo sem oferecer certificação, selo ou marca de garantia, a iniciativa se converte em melhoria dos processos de controle da cadeia de fornecimento e no aprimoramento dos critérios adotados nas compras de produtos pecuários. As informações dos aderentes estarão disponíveis em uma plataforma bilíngue, garantindo maior transparência de informação para compradores, assim como para investidores do setor.

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    O Protocolo se espelha na experiência do Boi na Linha, implantado na Amazônia desde 2019, a partir de uma parceria entre Imaflora e o Ministério Público Federal. O Boi na Linha foi a primeira iniciativa a harmonizar regras do setor e vem se aperfeiçoando gradativamente. “Utilizamos os cinco anos de experiência para levar a outro bioma soluções que respaldam a produção frente aos mercados mais exigentes, ajudam a consolidar a prática da pecuária sustentável e contribuem para o enfrentamento da crise climática”, conta o engenheiro agrônomo Lisandro Inakake, gerente de projetos em Cadeias Agropecuárias do Imaflora.

    Os esforços agora se concentram na ampliação da adesão dos frigoríficos, que promete ser impulsionada por uma meta manifestada pela Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (ABIEC) de que seus associados adotem padrões de monitoramento em todo o Brasil no prazo de até dois anos. “Metade dos associados da ABIEC opera no bioma Cerrado, com muitos deles já adotando políticas de compra de gado. O Protocolo do Cerrado desempenha um papel crucial ao unificar os critérios avaliados e destacar as boas práticas, fornecendo um caminho para as empresas que querem avançar nesse sentido”, explica Fernando Sampaio, diretor de sustentabilidade da ABIEC.