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Boosted by scenario abroad, downward trend of prices is interrupted in BR

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Cepea, 19 de junho de 2023 – Os preços do milho reagiram no Brasil na primeira quinzena de junho, interrompendo a tendência de queda observada desde março. O impulso veio das recentes valorizações no exterior, influenciadas pelas preocupações com o desenvolvimento da safra de milho nos Estados Unidos.

Desde o início de junho, as chuvas estão aquém do necessário no Núcleo-Oeste dos Estados Unidos, o que pode diminuir o potencial produtivo das lavouras. Até o momento, as estimativas oficiais do USDA continuam apontando para uma produção maior nos EUA, porém as condições das lavouras pioraram. No Brasil, as estimativas foram novamente revisadas para cima pela Conab, indicando que a segunda safra será recorde.

PREÇOS – A demanda internacional pelo milho brasílio aumentou ligeiramente na primeira quinzena de junho, porém, os compradores nacionais continuaram afastados do mercado, aguardando a chegada da segunda safra. Ainda assim, produtores de diversas regiões limitaram a oferta ao mercado spot, influenciados pelas recentes valorizações no exterior.

Assim, entre 31 de maio e 15 de junho, o índice ESALQ/BM&FBovespa para o milho subiu 1,1%, para R$ 54,35 (US$ 11,31) a saca de 60 quilos no dia 15 de junho. As avaliações foram limitadas pelas expectativas de uma safra recorde no Brasil.

ESTIMATIVAS – Dados divulgados pela Conab em 13 de junho indicam que a produção de milho na safra 22/23 pode chegar a 125,71 milhões de toneladas, 11% superior à anterior. Até maio, a produção estava estimada em 125,53 milhões de toneladas.

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Mais uma vez, esse aumento foi influenciado pela maior extensão e pela recuperação da produtividade ao longo da safra – a segunda safra já está estimada em 96,31 milhões de toneladas; a primeira safra, com 27,07 milhões de toneladas (devido à maior produtividade), e a terceira safra, com 2,33 milhões de toneladas, um aumento de 5%. Quanto ao consumo e às exportações, a Conab manteve as estimativas estáveis, em 79,35 milhões de toneladas e 48 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais estão previstos em 8,36 milhões de toneladas.

SAFRAS – As últimas chuvas observadas na maior secção das regiões produtoras de segunda safra no Brasil animaram os agricultores. A colheita da segunda safra já começou no Mato Grosso e em Minas Gerais, segundo dados da Conab divulgados no dia 12 de junho. Assim, 1,7% da safra vernáculo foi colhida até 9 de junho. Já na safra de verão, 85% já foram colhidos, com atividades ainda em curso no Maranhão, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul.

(Cepea-Brasil)

**Nascente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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