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Aprenda o conceito e cálculo em 40 caracteres

    veja o conceito e como calcular

    Importância da taxa de serviço na reprodução de bovinos leiteiros

    A taxa de serviço é um dos principais desafios enfrentados na reprodução de bovinos leiteiros. Servir as vacas no momento adequado não só impacta diretamente nos indicadores reprodutivos, mas também nos produtivos do rebanho. Neste artigo, vamos entender o que é a taxa de serviço, como calculá-la e qual o seu impacto no sistema de produção. Além disso, veremos estratégias para potencializar os ganhos e otimizar a taxa de serviço. Se você deseja se aprofundar no tema, baixe este artigo em PDF!

    O que é a taxa de serviço?

    A taxa de serviço é um indicador utilizado na pecuária leiteira, calculado a cada 21 dias, que analisa a relação entre os animais servidos e os animais aptos do rebanho. Para vacas, são considerados aptos aqueles animais vazios acima do período voluntário de espera, os que se saem do PEV e se tornam aptos durante o período de 21 dias e as vacas inseminadas. Já para novilhas, são considerados aptos aqueles animais que atingiram critérios pré-estabelecidos, como peso e idade. A taxa de serviço é calculada da seguinte forma:

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    Taxa de serviço (%) = (Nº de vacas servidas / Nº de vacas aptas) x 100

    Qual o impacto da taxa de serviço no sistema de produção?

    A taxa de serviço tem um impacto significativo no sistema de produção. Uma fazenda com baixa taxa de serviço apresenta menor taxa de prenhez, o que prolonga o intervalo entre partos. Isso faz com que as vacas permaneçam mais tempo em lactação, afastando-se do pico de produção de leite e reduzindo a eficiência alimentar. Além disso, animais com baixa persistência de lactação passam mais tempo em período seco, o que não gera receita em leite para a fazenda. Portanto, é essencial otimizar a taxa de serviço para obter melhores resultados produtivos e reprodutivos.

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    Como otimizar a taxa de serviço?

    Para otimizar a taxa de serviço, é importante elaborar um programa reprodutivo bem estruturado e alinhado às características da fazenda. Alguns pontos chave a serem considerados são: o primeiro serviço pós-parto, as estratégias para as reinseminações e o manejo das vacas vazias ao toque. Servir as vacas imediatamente após a saída do período voluntário de espera e utilizar ferramentas auxiliares de identificação de cio, como bastão de cera e adesivo raspado, são ações que contribuem para a otimização do serviço do rebanho. Com um programa reprodutivo adequado, é possível atingir taxas de serviço acima de 65%.

    Concluindo, a taxa de serviço é um indicador manipulável no dia a dia da fazenda. Ao otimizar esse indicador, é possível obter diversos benefícios, como aumento da média de produção de leite, melhora na eficiência alimentar do rebanho e maior retorno sobre o custo alimentar. O desafio está em estruturar um programa reprodutivo específico para o rebanho e ajustar as estratégias de acordo com as características da fazenda. Para se aprofundar no assunto, conheça a Pós-Graduação em Pecuária Leiteira, que oferece aulas com consultores especializados e resultados comprovados na prática.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Sumário

    1. O que é a taxa de serviço?

    2. O que seria uma boa referência para taxa de serviço?

    3. Qual o impacto da taxa de serviço no sistema de produção?

    4. Como otimizar a taxa de serviço?

    4.1. Como será o primeiro serviço pós-parto?

    4.2. Qual será a estratégia para as reinseminações?

    4.3. O que será feito com as vacas vazias ao toque?

    4.4. Outras ferramentas auxiliares na identificação de cio

    Conclusão

    Talvez um dos maiores gargalos da reprodução em bovinos leiteiros seja a baixa taxa de serviço das vacas. Quem sabe até, o principal desafio!

    Servir as vacas no momento adequado é essencial para a otimização não apenas dos indicadores reprodutivos, mas também dos produtivos. A taxa de serviço, por exemplo, impacta diretamente no intervalo entre partos e, consequentemente, no DEL médio do rebanho e na média diária de produção de leite.

    Mas o que é a taxa de serviço, como deve ser o raciocínio em torno desse indicador, qual o seu impacto no sistema de produção e quais estratégias podem ser adotadas a fim de potencializar os ganhos?

     

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    O que é a taxa de serviço?

    Na pecuária leiteira a taxa de serviço é um indicador calculado a cada 21 dias e analisado de forma individual para as categorias de vacas e novilhas.

    Ele é definido como a relação entre os animais servidos e os animais aptos do rebanho. Entende-se como animais servidos aqueles inseminados, cobertos por monta natural controlada, etc.

    No caso de animais aptos, para vacas consideram-se aqueles animais vazios acima do período voluntário de espera (PEV), os que se saem do PEV e se tornam aptos durante o período de 21 dias e as vacas inseminadas.

    Já para novilhas, são considerados aptos aqueles animais que já foram liberados para a reprodução após terem atingidos critérios pré-estabelecidos, que geralmente são peso e idade.

    Taxa de serviço %= (Nº de vacas servidas/Nº de vacas aptas) x 100

    Logo, se no intervalo do dia 01/01 ao dia 21/01 a fazenda inseminou 5 vacas de um universo de 10 vacas aptas, a taxa de serviço nesse período de 21 dias foi de 50%.

    Taxa de serviço %= (5 vacas servidas/10 vacas aptas) x 100

    Taxa de serviço %= 50%

    Ainda no raciocínio do cálculo da taxa de serviço, não é raro encontrar situações em que vacas que ainda estão no PEV expressam cio e são inseminadas. O fato de as vacas expressarem cio não consiste em um problema. Isto mostra que os animais estão ciclando e que, provavelmente, estão em boas condições reprodutivas.

    O que realmente deve ser encarado como um impasse é o fato de inseminar as vacas que ainda estão dentro do PEV. Ou seja, vacas não aptas estão sendo inseminadas na rotina da fazenda, o que contribui para o aumento do numerador (vacas servidas) mas que não contabiliza no denominador (vacas aptas).

    Em outras palavras, situações como essa levam a um número superestimado da taxa de serviço do rebanho.

    A título de ilustração, suponha no exemplo anterior que além das 5 vacas inseminadas, outra vaca foi servida, mas que ainda estava no PEV. Logo, agora serão 6 vacas servidas em um mesmo universo de 10 vacas aptas, já que um dos animais ainda não estava apto para reprodução. Dessa forma, a taxa de serviço do rebanho passaria a ser de 60%, o que não reflete a realidade do que realmente acontece na fazenda.

    O que seria uma boa referência para taxa de serviço?

    Quanto maior a taxa de serviço do rebanho, melhor. No entanto, esse pensamento não é prático e é pouco palpável, sendo necessário quantificar.

    O mínimo da taxa de serviço que se deve trabalhar na rotina de qualquer fazenda é de 60 a 65%, independente do sistema de produção. Valores inferiores não são aceitáveis e apontam para uma ineficiência reprodutiva da fazenda.

    Caso o programa reprodutivo do rebanho seja bem estruturado é possível atingir com tranquilidade esses valores. Muitas fazendas, inclusive, têm obtido taxas de serviço anuais de 70% a 75%.

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    Qual o impacto da taxa de serviço no sistema de produção?

    A dinâmica que envolve a taxa de serviço é bastante interessante. Uma fazenda que possui baixa taxa de serviço, obviamente, possui menor taxa de prenhez.

    Dessa forma, as vacas levam mais tempo para se tornarem gestantes e terem o próximo parto. O resultado é o prolongamento do intervalo entre partos.

    E quais as consequências de um intervalo entre partos maior?

    Em resumo, para rebanhos com boa persistência, ao distanciar um parto do outro as vacas passarão mais tempo em lactação. A primeira impressão pode parecer que isso seja algo benéfico e positivo para a fazenda, pois ao ficarem em lactação por um período maior, mais leite será produzido nesse tempo. No entanto, a situação deve ser enxergada e analisada a nível de rebanho.

    Quanto maior o tempo em produção, mais as vacas se distanciam do pico de lactação, que é quando os animais produzem mais leite e possuem maior eficiência alimentar. Ou seja, ao aumentar o intervalo entre partos, a tendência é que a produtividade do rebanho reduza, justamente pelo aumento da média dos dias em lactação (DEL).

    De tal modo, a eficiência alimentar também é prejudicada e o rebanho se torna menos eficiente em converter comida em leite, onerando o custo alimentar.

    O cenário de aumento no intervalo entre partos também é prejudicial para rebanhos com baixa persistência de lactação, pois animais com este perfil tendem a ficar mais tempo em período seco, que é quando não há retorno de receita em leite para o sistema de produção.

    Portanto, mais do que a ineficiência reprodutiva, baixas taxas de serviço contribuem também para redução da média de produção de leite, redução da eficiência alimentar do rebanho e redução também do retorno sobre o custo alimentar.

    Os prejuízos são grandes e diversos, enquanto a otimização da taxa de serviço pode ser relativamente simples de ser alcançada na realidade da fazenda.

    Como otimizar a taxa de serviço?

    Conforme já dito, por meio de programas reprodutivos bem estruturados e alinhados com as características da fazenda é possível obter com tranquilidade valores de taxa de serviço acima de 65%.

    Algumas perguntas devem ser respondidas quando se elabora um programa reprodutivo com foco em aumentar a taxa de serviço.

    • Como será o primeiro serviço pós-parto?
    • Qual será a estratégia para as reinseminações?
    • O que será feito com as vacas vazias ao toque?

    Ajustar as ações para cada uma dessas perguntas contribui para otimização do serviço do rebanho. Servir as vacas imediatamente após a saída do PEV é essencial.

    O uso da IATF nesta situação representa uma alternativa bastante interessante, desde que a fazenda consiga realizar este manejo em frequência semanal.

    Da mesma forma, a propriedade deve ter uma rotina sistemática de acompanhamento e observação de cio no intuito de identificar possíveis animais vazios e realizar a inseminação. O uso de ferramentas auxiliares de identificação de cio, como bastão de cera na base da cauda e adesivo raspadinha, são excelentes opções.

    Muitas fazendas têm adotado a observação de cio logo na saída dos animais da ordenha. O manejo é bem simples e consiste em direcionar as vacas para o tronco coletivo, atentando-se para aqueles animais com possíveis sinais de cio (vulva edemaciada, muco vaginal, comportamento ativo, monta em outros animais, ralados na região da garupa etc.) e alterações nas ferramentas auxiliares (bastão borrado e adesivo raspado).

    Conclusão

    A taxa de serviço é um indicador facilmente manipulável no dia a dia da fazenda através de ajustes coerentes. Além disso, os resultados são vistos já a curto prazo, o que contribui para a eficiência do rebanho.

    Os benefícios de se otimizar o serviço do rebanho são vários, conforme abordado ao longo do texto. O maior desafio está em estruturar e operacionalizar um programa reprodutivo específico para o rebanho e conforme as características da fazenda.

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    Bruno Guimarães

    Um dos desafios mais significativos da reprodução em bovinos leiteiros é a baixa taxa de serviço das vacas. Na verdade, pode até ser considerado o principal desafio! É essencial servir as vacas no momento adequado para otimizar não apenas os indicadores reprodutivos, mas também os produtivos. Um exemplo disso é o impacto da taxa de serviço no intervalo entre partos e, consequentemente, na média diária de produção de leite e no DEL médio do rebanho.

    A taxa de serviço é um indicador calculado a cada 21 dias e analisado individualmente para as categorias de vacas e novilhas na pecuária leiteira. É definida como a relação entre os animais servidos e os animais aptos do rebanho. Animais servidos são aqueles inseminados, cobertos por monta natural controlada, entre outros métodos. Para vacas, são considerados animais aptos aqueles vazios acima do período voluntário de espera (PEV), os que saem do PEV e se tornam aptos durante os 21 dias e as vacas inseminadas. Para novilhas, são considerados aptos aqueles animais que já atingiram critérios pré-estabelecidos, como peso e idade.

    A taxa de serviço é calculada através da fórmula: (Nº de vacas servidas/Nº de vacas aptas) x 100. Por exemplo, se no intervalo de 01/01 a 21/01 a fazenda inseminou 5 vacas de um total de 10 vacas aptas, a taxa de serviço nesse período foi de 50%.

    É importante ressaltar que em alguns casos ocorre a inseminação de vacas que ainda estão no PEV, ou seja, não aptas para reprodução. Isso cria uma situação em que vacas não aptas estão sendo inseminadas, aumentando o numerador (vacas servidas) sem afetar o denominador (vacas aptas). Isso resulta em uma taxa de serviço superestimada do rebanho.

    A referência para a taxa de serviço é geralmente de 60 a 65%, independente do sistema de produção. Valores inferiores são considerados inaceitáveis e indicam ineficiência reprodutiva. Com um programa reprodutivo bem estruturado, é possível atingir facilmente taxas de serviço acima de 65% e até mesmo taxas anuais de 70% a 75%.

    A taxa de serviço tem um impacto significativo no sistema de produção. Uma baixa taxa de serviço resulta em menor taxa de prenhez e, consequentemente, prolonga o intervalo entre partos. Isso faz com que as vacas permaneçam mais tempo em lactação, o que pode parecer benéfico em um primeiro momento, pois mais leite será produzido. No entanto, o aumento do intervalo entre partos leva à redução da produtividade do rebanho devido ao aumento da média dos dias em lactação. Isso também afeta a eficiência alimentar e aumenta o custo alimentar.

    Além disso, a taxa de serviço afeta diretamente a média diária de produção de leite, a eficiência alimentar do rebanho e o retorno sobre o custo alimentar. Portanto, otimizar a taxa de serviço é essencial para melhorar esses indicadores.

    Para otimizar a taxa de serviço, é necessário ter um programa reprodutivo bem estruturado e alinhado com as características da fazenda. Algumas estratégias incluem servir as vacas imediatamente após a saída do PEV, utilizar a IATF, observar cios e usar ferramentas auxiliares para identificar vacas vazias.

    Em conclusão, a taxa de serviço é um indicador facilmente influenciado e ajustes coerentes podem melhorar sua eficiência. A otimização da taxa de serviço traz benefícios significativos para a fazenda, como aumento da produção de leite, maior eficiência alimentar e melhor retorno sobre o custo alimentar. O maior desafio está em estruturar e operacionalizar um programa reprodutivo específico para o rebanho e as características da fazenda.

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    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Talvez um dos maiores gargalos da reprodução em bovinos leiteiros seja a baixa taxa de serviço das vacas. Quem sabe até, o principal desafio! Servir as vacas no momento adequado é essencial para a otimização não apenas dos indicadores reprodutivos, mas também dos produtivos. A taxa de serviço, por exemplo, impacta diretamente no intervalo entre partos e, consequentemente, no DEL médio do rebanho e na média diária de produção de leite.

    Mas o que é a taxa de serviço, como deve ser o raciocínio em torno desse indicador, qual o seu impacto no sistema de produção e quais estratégias podem ser adotadas a fim de potencializar os ganhos?

    O que é a taxa de serviço?

    Na pecuária leiteira a taxa de serviço é um indicador calculado a cada 21 dias e analisado de forma individual para as categorias de vacas e novilhas. Ele é definido como a relação entre os animais servidos e os animais aptos do rebanho. Entende-se como animais servidos aqueles inseminados, cobertos por monta natural controlada, etc. No caso de animais aptos, para vacas consideram-se aqueles animais vazios acima do período voluntário de espera (PEV), os que se saem do PEV e se tornam aptos durante o período de 21 dias e as vacas inseminadas. Já para novilhas, são considerados aptos aqueles animais que já foram liberados para a reprodução após terem atingidos critérios pré-estabelecidos, que geralmente são peso e idade.

    Taxa de serviço %= (Nº de vacas servidas/Nº de vacas aptas) x 100

    O que realmente deve ser encarado como um impasse é o fato de inseminar as vacas que ainda estão dentro do PEV. Ou seja, vacas não aptas estão sendo inseminadas na rotina da fazenda, o que contribui para o aumento do numerador (vacas servidas) mas que não contabiliza no denominador (vacas aptas).

    Em outras palavras, situações como essa levam a um número superestimado da taxa de serviço do rebanho.

    O que seria uma boa referência para taxa de serviço?

    Quanto maior a taxa de serviço do rebanho, melhor. No entanto, esse pensamento não é prático e é pouco palpável, sendo necessário quantificar. O mínimo da taxa de serviço que se deve trabalhar na rotina de qualquer fazenda é de 60 a 65%, independente do sistema de produção. Valores inferiores não são aceitáveis e apontam para uma ineficiência reprodutiva da fazenda. Caso o programa reprodutivo do rebanho seja bem estruturado é possível atingir com tranquilidade esses valores. Muitas fazendas, inclusive, têm obtido taxas de serviço anuais de 70% a 75%.

    Qual o impacto da taxa de serviço no sistema de produção?

    A dinâmica que envolve a taxa de serviço é bastante interessante. Uma fazenda que possui baixa taxa de serviço, obviamente, possui menor taxa de prenhez. Dessa forma, as vacas levam mais tempo para se tornarem gestantes e terem o próximo parto. O resultado é o prolongamento do intervalo entre partos.

    Em resumo, para rebanhos com boa persistência, ao distanciar um parto do outro as vacas passarão mais tempo em lactação. Quanto maior o tempo em produção, mais as vacas se distanciam do pico de lactação, que é quando os animais produzem mais leite e possuem maior eficiência alimentar. Ou seja, ao aumentar o intervalo entre partos, a tendência é que a produtividade do rebanho reduza, justamente pelo aumento da média dos dias em lactação (DEL). De tal modo, a eficiência alimentar também é prejudicada e o rebanho se torna menos eficiente em converter comida em leite, onerando o custo alimentar.

    Como otimizar a taxa de serviço?

    Conforme já dito, por meio de programas reprodutivos bem estruturados e alinhados com as características da fazenda é possível obter com tranquilidade valores de taxa de serviço acima de 65%.

    Algumas perguntas devem ser respondidas quando se elabora um programa reprodutivo com foco em aumentar a taxa de serviço. Como será o primeiro serviço pós-parto? Qual será a estratégia para as reinseminações? O que será feito com as vacas vazias ao toque? Ajustar as ações para cada uma dessas perguntas contribui para otimização do serviço do rebanho. Servir as vacas imediatamente após a saída do PEV é essencial. O uso da IATF nesta situação representa uma alternativa bastante interessante, desde que a fazenda consiga realizar este manejo em frequência semanal. Da mesma forma, a propriedade deve ter uma rotina sistemática de acompanhamento e observação de cio no intuito de identificar possíveis animais vazios e realizar a inseminação. O uso de ferramentas auxiliares de identificação de cio, como bastão de cera na base da cauda e adesivo raspadinha, são excelentes opções. Muitas fazendas têm adotado a observação de cio logo na saída dos animais da ordenha. O manejo é bem simples e consiste em direcionar as vacas para o tronco coletivo, atentando-se para aqueles animais com possíveis sinais de cio (vulva edemaciada, muco vaginal, comportamento ativo, monta em outros animais, ralados na região da garupa etc.) e alterações nas ferramentas auxiliares (bastão borrado e adesivo raspado).

    Conclusão

    A taxa de serviço é um indicador facilmente manipulável no dia a dia da fazenda através de ajustes coerentes. Além disso, os resultados são vistos já a curto prazo, o que contribui para a eficiência do rebanho. Os benefícios de se otimizar o serviço do rebanho são vários, conforme abordado ao longo do texto. O maior desafio está em estruturar e operacionalizar um programa reprodutivo específico para o rebanho e conforme as características da fazenda.

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