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Agronegócio: colheita próspera com produção sustentável

    Agronegócio colhe os frutos da adoção de métodos de produção sustentáveis

    Sumário:

    1. Introdução

    2. Abrangência

    3. Despesas

    4. Amazônia

    Introdução:

    Desde antes da chegada dos europeus para este lado do Atlântico, as comunidades indígenas tinham a noção de que a rotatividade de culturas em uma mesma área poderia influenciar de forma positiva na produção agrícola. Muito bem guardada as devidas proporções, séculos depois, é isso que buscam os adeptos dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta. Ou seja, produzir mais e melhor em uma mesma área geográfica, o que ajuda no combate aos novos desmatamentos e na redução das emissões dos gases de efeito estufa.

    Se em tese a ideia funciona, na prática – como foi mostrado no Seminário Agronegócio, organizado pelo Lide e pelo Estadão em 10 de outubro, em São Paulo – o Brasil precisa acelerar a implementação desse sistema de cultura.

    Patrocinadores

    Abrangência:

    Hoje, do total de hectares utilizados para o sistema integrado, 83% usam a técnica de integração apenas entre lavoura e pecuária, enquanto outros 9% são de ILPF, 7% de IPF (pecuária/floresta) e 1% de LF (lavoura/floresta).

    De acordo com o censo agropecuário de 2017, a agropecuária ocupa uma área total de aproximadamente 350 milhões de hectares no Brasil.

    Patrocinadores

    Conforme o levantamento, existem ainda aproximadamente 90 milhões de hectares voltados para a agropecuária em algum estágio de degradação. Esse tipo de área de problema pode se transformar em oportunidade, segundo especialistas do setor. Eles afirmam que os dados disponíveis mostram o potencial que o agro brasileiro tem para crescer, sem precisar pressionar a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.

    Despesas:

    Por mais que o custo da produção com algum grau de integração possa chegar aos R$ 15 mil o hectare, produtores que escolheram o caminho mais sustentável estão colhendo frutos, segundo Isabel, que citou o caso da Fazenda Santa Brígida, em Goiás, como exemplo.

    Na propriedade no interior goiano, antes da mudança no manejo da área pecuária ser feita, eram precisos mil hectares para a engorda de mil bois. Agora, são necessários apenas 80 hectares para a produção, inclusive com mais qualidade, para a mesma quantidade de animais.

    Amazônia:

    Dentro do bioma amazônico, a Fazenda Gamada, de Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, também segue há anos o caminho da integração. A pecuária extensiva em área degradada ficou no passado. Entraram as espécies florestais, como o eucalipto, a teca, o pinho cuiabano e o pau-de-balsa. No meio das árvores, cresce a lavoura de soja em integração com o capim, que depois vira alimento para o gado. A fertilidade do solo fez explodir a eficiência da produção, inclusive da pecuária, que dobrou. A madeira produzida na Gamada é usada também como fonte de energia para o secador de grãos e para a construção das cercas.

    A integração é uma terceira evolução do setor após o plantio direto e a segunda safra, ratificou Isabel durante o evento sobre os desafios do agronegócio nacional.

    Desde antes da chegada dos europeus para este lado do Atlântico, as comunidades indígenas tinham a noção de que a rotatividade de culturas em uma mesma área poderia influenciar de forma positiva na produção agrícola. Muito bem guardada as devidas proporções, séculos depois, é isso que buscam os adeptos dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta. Ou seja, produzir mais e melhor em uma mesma área geográfica, o que ajuda no combate aos novos desmatamentos e na redução das emissões dos gases de efeito estufa.

    Se em tese a ideia funciona, na prática – como foi mostrado no Seminário Agronegócio, organizado pelo Lide e pelo Estadão em 10 de outubro, em São Paulo – o Brasil precisa acelerar a implementação desse sistema de cultura.

    De acordo com os números da Rede ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), há hoje 17,4 milhões de hectares sob esse protocolo. Nos anos 2000, eram apenas 2 milhões de hectares. A meta da Rede ILPF é atingir 35 milhões de hectares em 2030.

    Na esteira desse crescimento, entre práticas sustentáveis na agropecuária e adoção do sistema ILPF, o Brasil pode evitar a emissão de 1 bilhão de toneladas de CO2 na próxima década, segundo cálculos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que criou a técnica por volta de 2010.

    Brasil tenta ampliar áreas que produzem com baixa emissão de gases de efeito estufa

    Brasil tenta ampliar áreas que produzem com baixa emissão de gases de efeito estufa

    Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO / Estadão

    “Temos tecnologia e toda a experiência para conseguir ampliar a área voltada para os sistemas integrados”, afirma Silvia Massruhá, primeira mulher a assumir a presidência na história da Embrapa, que participou do seminário em São Paulo. Segundo ela, também entusiasta da parceria público-privada representada pela Rede ILPF, a relevância do processo foi reconhecida por meio da Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, criada em 2013.

    Abrangência

    Hoje, do total de hectares utilizados para o sistema integrado, 83% usam a técnica de integração apenas entre lavoura e pecuária, enquanto outros 9% são de ILPF, 7% de IPF (pecuária/floresta) e 1% de LF (lavoura/floresta).

    De acordo com o censo agropecuário de 2017, a agropecuária ocupa uma área total de aproximadamente 350 milhões de hectares no Brasil.

    Conforme o levantamento, existem ainda aproximadamente 90 milhões de hectares voltados para a agropecuária em algum estágio de degradação. Esse tipo de área de problema pode se transformar em oportunidade, segundo especialistas do setor. Eles afirmam que os dados disponíveis mostram o potencial que o agro brasileiro tem para crescer, sem precisar pressionar a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.

    “Pelo nosso diagnóstico, a questão do financiamento e da capacitação técnica é o que mais impede a expansão dos sistemas integrados. É nisso que vamos trabalhar”, afirma Isabel Ferreira, diretora executiva da Rede ILPF. Apesar do potencial gigantesco que existe no Brasil para as práticas sustentáveis crescerem, nada será feito de forma impositiva, segundo a executiva, que também esteve no evento organizado pelo Lide e pelo Estadão.

    Despesas

    Por mais que o custo da produção com algum grau de integração possa chegar aos R$ 15 mil o hectare, produtores que escolheram o caminho mais sustentável estão colhendo frutos, segundo Isabel, que citou o caso da Fazenda Santa Brígida, em Goiás, como exemplo.

    Na propriedade no interior goiano, antes da mudança no manejo da área pecuária ser feita, eram precisos mil hectares para a engorda de mil bois. Agora, são necessários apenas 80 hectares para a produção, inclusive com mais qualidade, para a mesma quantidade de animais.

    Segundo Marize Porto, dona da Santa Brígida, a chegada da floresta ao lado das áreas de produção é a “cereja do bolo”. Para ela, trata-se do futuro do agronegócio. “Quem não estiver nesse caminho terá dificuldades de vender os seus produtos”, afirma a produtora rural.

    Ela era dentista, mas no início do século, meio no escuro após a morte precoce do marido, herdou uma fazenda praticamente abandonada e resolveu virar o jogo após conhecer a ILPF na Embrapa.

    O ponto central que turbina a produção, no caso dos sistemas integrados, é o fato de o solo ser enriquecido de forma natural, sem a necessidade de muitas correções bioquímicas por meio de produtos externos. A plantação das árvores, nem sempre feita por causa das dificuldades logísticas, ajuda a balancear ainda mais as emissões de carbono da propriedade. Espécies de grande porte crescendo dentro da Fazenda, apesar de muitas ainda não serem nativas, acabam fixando mais carbono no solo.

    Amazônia

    Dentro do bioma amazônico, a Fazenda Gamada, de Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, também segue há anos o caminho da integração. A pecuária extensiva em área degradada ficou no passado. Entraram as espécies florestais, como o eucalipto, a teca, o pinho cuiabano e o pau-de-balsa. No meio das árvores, cresce a lavoura de soja em integração com o capim, que depois vira alimento para o gado. A fertilidade do solo fez explodir a eficiência da produção, inclusive da pecuária, que dobrou. A madeira produzida na Gamada é usada também como fonte de energia para o secador de grãos e para a construção das cercas. “A integração é uma terceira evolução do setor após o plantio direto e a segunda safra”, ratificou Isabel durante o evento sobre os desafios do agronegócio nacional.

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    A Importância dos Sistemas Integrados de Lavoura, Pecuária e Floresta

    A Contribuição das Comunidades Indígenas

    Há séculos, as comunidades indígenas já percebiam os benefícios da rotatividade de culturas em uma mesma área para melhorar a produção agrícola. Essa noção, que se desenvolveu antes mesmo da chegada dos europeus ao continente americano, tem sido resgatada e aprimorada pelos adeptos dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta. Essa abordagem busca produzir mais e melhor dentro de uma mesma área geográfica, contribuindo para combater o desmatamento e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

    O Crescimento dos Sistemas Integrados no Brasil

    De acordo com os dados da Rede ILPF, atualmente existem 17,4 milhões de hectares utilizando esse sistema integrado no Brasil. Essa área representa um grande avanço em relação aos 2 milhões de hectares registrados nos anos 2000. A meta da Rede ILPF é alcançar 35 milhões de hectares até 2030.

    É importante ressaltar que, com o crescimento dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta, o Brasil tem a oportunidade de evitar a emissão de 1 bilhão de toneladas de CO2 na próxima década. Essa estimativa, feita pela Embrapa, demonstra o potencial positivo desse sistema para o meio ambiente e para a agricultura sustentável.

    A Importância da Implementação Acelerada no Brasil

    Apesar dos avanços mencionados, foi destacado no Seminário Agronegócio que o Brasil precisa acelerar a implementação dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta. Silvia Massruhá, presidente da Embrapa e primeira mulher a assumir esse cargo, ressaltou que o país possui a tecnologia e a experiência necessárias para ampliar essa área voltada para os sistemas integrados.

    Essa relevância também foi reconhecida pela criação da Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta em 2013. Através dessa política, o governo brasileiro demonstrou seu apoio e incentivo a essa abordagem sustentável na agropecuária.

    A Abrangência do Sistema Integrado

    Atualmente, dos hectares utilizados para os sistemas integrados, 83% são destinados à integração entre lavoura e pecuária. Os outros 9% são de ILPF, 7% de IPF (pecuária/floresta) e 1% de LF (lavoura/floresta). Esses números mostram que ainda há espaço para expandir e aprimorar o sistema de integração entre diferentes atividades no setor agropecuário.

    De acordo com o censo agropecuário de 2017, a agropecuária ocupa uma área total de aproximadamente 350 milhões de hectares no Brasil. Dessas áreas, cerca de 90 milhões de hectares estão em algum estágio de degradação. Especialistas apontam que essas áreas degradadas podem se tornar oportunidades para implementar os sistemas integrados, demonstrando o potencial de crescimento sustentável do agronegócio brasileiro sem a necessidade de pressionar a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.

    Os Desafios de Implementação

    Apesar do potencial gigantesco que o Brasil possui para o crescimento dos sistemas integrados, existem alguns desafios a serem enfrentados. Segundo Isabel Ferreira, diretora executiva da Rede ILPF, a questão do financiamento e da capacitação técnica são os principais obstáculos que impedem a expansão desses sistemas. Ela afirma que é necessário investir nessas áreas para garantir que os sistemas integrados sejam amplamente adotados no país.

    Os Benefícios Econômicos e Ambientais

    Apesar de haver um custo inicial maior para a produção com algum grau de integração, produtores que optaram por esse caminho sustentável estão colhendo frutos. Um exemplo citado é a Fazenda Santa Brígida, em Goiás, onde a mudança no manejo da área pecuária resultou em maior eficiência na produção. Antes, eram necessários mil hectares para a engorda de mil bois, e agora apenas 80 hectares são suficientes para a mesma quantidade de animais. Além disso, a integração com a floresta ao lado das áreas de produção traz benefícios adicionais, como a fixação de carbono no solo.

    Dentro do bioma amazônico, a Fazenda Gamada, em Mato Grosso, também adotou a integração há anos. A pecuária extensiva em áreas degradadas foi substituída pela integração com espécies florestais, como o eucalipto, a teca, o pinho cuiabano e o pau-de-balsa. A fertilidade do solo melhorou significativamente, resultando em maior eficiência na produção de soja e na pecuária.

    Esses exemplos e os números apresentados demonstram o papel fundamental dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta para impulsionar a produção agrícola de forma sustentável no Brasil. Com a implementação acelerada desse sistema, o país tem a oportunidade de promover a proteção do meio ambiente, combater o desmatamento e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, garantindo assim um futuro promissor para o agronegócio brasileiro.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão

    Os sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta têm se mostrado uma solução eficiente para aumentar a produção agrícola, combater o desmatamento e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Brasil já possui uma área significativa destinada a esse sistema, mas é necessário acelerar sua implementação para alcançar as metas de expansão e contribuir para a redução das emissões de CO2. A parceria público-privada representada pela Rede ILPF tem sido fundamental nesse processo, mas ainda há desafios a serem enfrentados, como o financiamento e a capacitação técnica dos agricultores. No entanto, é evidente o potencial do país para o crescimento sustentável no setor agropecuário, sem prejudicar ecossistemas como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.

    Perguntas e Respostas

    1. Quantos hectares estão atualmente sob o sistema integrado de lavoura, pecuária e floresta?

    De acordo com a Rede ILPF, atualmente há 17,4 milhões de hectares sob esse protocolo.

    2. Qual era a quantidade de hectares sob esse sistema nos anos 2000?

    Nos anos 2000, eram apenas 2 milhões de hectares sob o sistema integrado de lavoura, pecuária e floresta.

    3. Qual é a meta da Rede ILPF para a área destinada a esse sistema até 2030?

    A meta da Rede ILPF é atingir 35 milhões de hectares sob o sistema integrado de lavoura, pecuária e floresta até 2030.

    4. Quanto de CO2 o Brasil pode evitar de emitir na próxima década com a expansão dos sistemas sustentáveis?

    Segundo a Embrapa, o Brasil pode evitar a emissão de 1 bilhão de toneladas de CO2 na próxima década com a expansão dos sistemas sustentáveis.

    5. Quais são os principais desafios para a expansão dos sistemas integrados?

    De acordo com a diretora executiva da Rede ILPF, Isabel Ferreira, os principais desafios são o financiamento e a capacitação técnica dos agricultores.

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