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Trigo: Oferta ainda é menor que demanda, mas mercado sente…

    Trigo Oferta ainda e menor que demanda mas mercado sente

    No Brasil, os triticultores registraram a maior safra da história do país, mas avançam lentamente nos negócios. É um momento de pressão nas cotações e atenção à oferta que está sendo desenhada no Hemisfério Norte.

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    Oferta ainda é menor que demanda, mas mercado sente interferência externa e recua no cenário externo

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    O mercado internacional de trigo estava agitado devido aos rumores de que a Rússia poderia suspender as exportações do produto. Esses rumores surgiram em um momento em que o dólar estava acima de 77 rublos e os produtores russos conseguiam obter um retorno financeiro satisfatório.

    Marcelo, diretor da Debaco Corretora, afirmou em entrevista que, segundo fontes próximas a agências internacionais, a Rússia não tem intenção de suspender as exportações. No entanto, Marcelo destaca que houve, de fato, uma primeira intenção de restringir as exportações de trigo, mas que isso mudou devido à situação financeira do país.

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    Segundo informações obtidas pela Debaco Corretora, a Rússia pretende estabelecer um preço mínimo para o produto, em torno de US$ 275, para garantir que o produtor tenha um retorno financeiro adequado e possa cobrir seus custos de produção.

    No entanto, o diálogo desastroso que ocorreu entre as autoridades russas, com microfones abertos, gerou forte reação no mercado internacional de trigo. Como resultado, muitos investidores estão vendendo no mercado, o que levou a quedas significativas no preço do trigo.

    Desde a abertura do canal de navegação seguro do Mar Negro ao Tratado de Istambul, o mercado de trigo caiu de 11.02 para níveis abaixo do pré-guerra, o que mostra como o mercado é instável hoje.

    Em resumo, embora a Rússia não pareça estar planejando suspender as exportações de trigo, as recentes oscilações do mercado demonstram a sensibilidade do setor a qualquer tipo de boato ou declaração das autoridades russas.

    O mercado internacional de commodities tem sido marcado por fortes vendas nos últimos dias, motivadas pela busca de lucro e pela recompra de posições. No entanto, esses movimentos podem ser efêmeros ou continuar se estendendo, dependendo do cenário e das necessidades do mercado.

    Segundo especialistas, se analisarmos os fundamentos de oferta e demanda, veremos que os Estados Unidos são um dos maiores exportadores do mundo, com uma safra persistente desde o plantio até agora. No entanto, a estiagem afetou as lavouras americanas, que estão em situação aquém do histórico e desejável, enquanto a Europa enfrenta problemas em cerca de 35% das safras de inverno.

    A situação mundial das lavouras de inverno é bastante preocupante, visto que esta é a maior safra que abastece o maior número de importadores mundiais. É importante lembrar que dos sete maiores exportadores, cinco estão localizados no hemisfério norte, o que significa que a safra que ocorre entre maio e julho terá um impacto significativo nos preços mundiais dos alimentos.

    Assim, é possível que o mercado continue oscilando devido a esses fatores fundamentais, e as decisões dos investidores sejam influenciadas pelas expectativas em relação à safra de inverno. Embora as vendas tenham sido fortes nos últimos dias, as incertezas quanto ao cenário futuro podem fazer com que esses movimentos sejam efêmeros ou prolongados por mais tempo.

    Além disso, existem outras influências que afetam o mercado, como a situação das taxas de juros no Brasil e a insegurança bancária ao redor do mundo. Reduzir a liquidez do mercado via taxas de juros é uma prática tradicional para estabilizar a economia, mas pode levar a uma maior especulação financeira. O banco Twightback, até então considerado muito sólido, também enfrenta problemas.

    Outro fator que influencia a volatilidade do mercado é a especulação em torno de matérias-primas, principalmente commodities agrícolas e minerais. A possibilidade de day trading nesses mercados é atraente para os especuladores, mas o custo do dinheiro para operar é muito alto. Isso torna as operações cada vez mais restritas e menos expostas ao mercado.

    Apesar da alta dos recursos em grãos, o mercado continua instável e o futuro é incerto. Os investidores precisam estar atentos aos movimentos do mercado e buscar informações para tomar decisões mais informadas. A situação atual é a prova de que as influências do mercado são complexas e muitas vezes imprevisíveis, e que a busca por lucros rápidos pode levar a perdas significativas.

    O mercado global de commodities agrícolas está em constante mudança e flutuação, influenciado por diversos fatores como clima, demanda, oferta, especulação e até mesmo pela conjuntura política de alguns países. E é nesse contexto que o trigo tem chamado a atenção de investidores e compradores globais, em meio a um cenário de produção insuficiente e demanda crescente.

    Segundo especialistas do setor, não houve acúmulo de estoques de trigo nos últimos quatro a cinco anos, o que torna o mercado bastante heterogêneo e sensível a eventuais problemas climáticos ou de abastecimento em grandes exportadores, como Rússia e Ucrânia. Além disso, a necessidade de comércio global do produto cresceu mais de 50 milhões de toneladas desde 2016, o que aumenta a pressão por maior oferta.

    Nesse cenário, os investidores têm movimentado intensamente o mercado, gerando momentos de alta e baixa no preço do trigo. É importante ressaltar que o mercado de commodities agrícolas é influenciado por diversos fatores, como especulação e taxas de juros, que podem afetar a tomada de decisão dos investidores.

    A situação do trigo é reflexo da complexidade do mercado de commodities agrícolas, que envolve diversos fatores e pode mudar rapidamente. Investidores e compradores globais precisam estar atentos a essas mudanças e acompanhar de perto os fundamentos do mercado para tomar as melhores decisões e garantir a segurança de seus investimentos.

    A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já dura mais de um ano e afetou diversos setores, inclusive o mercado de trigo. Com a Ucrânia praticamente sem estoque para vender, a Comunidade Européia tornou-se o maior comprador de trigo ucraniano. A Rússia, por outro lado, acumulou estoques ao longo do tempo em que as fronteiras ficaram fechadas, mas precisa retirá-los antes da safra de inverno, que começa em junho ou julho, para evitar problemas logísticos.

    Segundo especialistas, a necessidade de recomposição de estoques continua forte entre os principais importadores de trigo, o que mantém a demanda elevada. Além disso, o mercado está cada vez mais heterogêneo, com momentos de oportunidade para quem precisa comprar trigo fora de casa.

    Apesar de a Rússia ter uma oferta robusta, é preciso ficar atento a possíveis problemas climáticos ou conflitos que possam esgotar o abastecimento de grandes importadores. A necessidade de comércio global cresceu mais de 50 milhões de toneladas de 2016 até agora, o que torna o mercado de trigo um jogo muito mais complexo do que você imagina.

    Marcelo, especialista em agronegócio, destaca que é importante entender a dinâmica do mercado e como as peças se movem no tabuleiro para tomar as melhores decisões. Ele afirma que o momento é de observação e análise constantes, para aproveitar as oportunidades e se proteger de possíveis riscos.

    Nos últimos meses, o mercado do trigo foi marcado por retração na demanda e queda nos preços. A situação afetou vários países produtores e importadores, como Rússia, Ucrânia e Brasil.

    No caso da Ucrânia, por exemplo, a campanha de vendas de trigo para a Comunidade Européia já terminou e o país não tem mais estoques relevantes para vender. A Rússia, por outro lado, tem uma grande quantidade de estoques que precisam ser retirados para abrir espaço para a nova safra que se aproxima.

    No Brasil, o mercado de trigo foi afetado tanto pela queda na demanda quanto pela grande safra registrada na última safra. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra de trigo no país atingiu um recorde histórico em 2022, o que levou à redução das exportações.

    Além disso, a situação do mercado internacional também tem impactado as exportações brasileiras de trigo. Com a retração da demanda, muitos compradores estão optando por comprar o trigo em prazos mais curtos, o que reduz as oportunidades de negócios para os exportadores brasileiros.

    Apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado de trigo, especialistas acreditam que a situação deve voltar ao normal nos próximos meses, com a entrada da nova safra e aumento da demanda dos compradores. Mesmo assim, é importante que produtores e exportadores estejam atentos às tendências do mercado para se adaptar às mudanças e garantir bons negócios.



    Fonte: Noticias Agricolas