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Tecnologias diversificam cultivos na agricultura familiar

    Apagroh se fortalece e se torna estimulo para jovens agricultores

    Nos dias 1 e 2 de fevereiro, no município de Magalhães de Almeida-MA (distrito de Custódio Lima), a Embrapa Cocais – em parceria com a Ambev, a Cooperativa dos Produtores do Tabuleiro de São Bernardo – – COOPRODUTASB e Governo do Estado do Maranhão – promoverá dois eventos para mostrar soluções tecnológicas sustentáveis ​​que contribuam para a diversificação de cultivos na agricultura familiar, geração de renda e segurança alimentar.

    Uma delas é o dia de campo Gestão do Consórcio Rotativo para Inovação na Agricultura Familiar – CRIAF, que será realizado na manhã do dia 1º de fevereiro e será destinado a auxiliares técnicos, professores, alunos, extensionistas e produtores familiares. Segundo o coordenador do evento, analista da Embrapa Cocais Carlos Santiago, o objetivo é mostrar que o CRIAF envolve o cultivo de culturas alimentares de arroz, feijão, milho e mandioca em consórcio, com possibilidade de rotação de culturas como práticas de sustentabilidade ambiental e alimentação segurança para o desenvolvimento da agricultura familiar no Maranhão.

    “É um policultivo de culturas mais produzidas por agricultores familiares para consumo familiar e comercialização in natura ou industrializados e subprodutos. Esse conjunto tecnológico que compõe o CRIAF representa tecnologias sustentáveis ​​que fazem parte das soluções para reduzir as queimadas na agricultura, combater a pobreza e diminuir a fome, por meio da produção diversificada de alimentos”. A tecnologia da Embrapa Cocais será tema da palestra “Gestão do CRIAF – Consórcio e rotação de culturas – fatores para diversificação e obtenção de alta produtividade com as culturas alimentares da mandioca, arroz, feijão e milho”, a ser ministrada por Santigo.

    Como parte da programação do dia de campo, também haverá a palestra “Melhoramento genético na cultura da mandioca”, a ser ministrada pelo pesquisador Guilherme Abreu, da Embrapa Cocais. “Serão abordadas as principais características avaliadas nos programas de melhoramento genético da mandioca e os participantes poderão conferir os experimentos instalados no local”, disse.

    Também serão apresentados resultados preliminares do projeto realizado pela Embrapa, em parceria com AMBEV, COOPRODUTASB e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. Espera-se, ao final do projeto, a recomendação de duas ou três variedades de alta produtividade de raízes e alto teor de amido em diferentes condições edafoclimáticas do estado para melhorar a produtividade dos mandiocultores.

    “Buscamos produtividade acima de 30 toneladas por hectare e teor de amido igual ou superior a 30%. O trabalho de avaliação das características agronômicas dos genótipos e definição de tecnologias para maximizar o potencial das lavouras e raízes também vai repercutir na quantidade de outros produtos da mandioca, como a farinha”, acrescenta o pesquisador.

    O evento também trará o tema “PROJETO AMBEV – Parceria, ação social e benefícios para o produtor”, a ser abordado pelas palestrantes Antônia Daniela (AMBEV) e Suzane Bittencourt Lopes (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural-AGERP). Antônia Daniela, agrônoma, apresentará as metas de sustentabilidade da Ambev, com foco nas ações desenvolvidas nas comunidades parceiras do Projeto Magnifica no Maranhão e no impacto positivo gerado pelo projeto de pesquisa em parceria com a Embrapa Cocais. “O objetivo deste trabalho é contribuir para uma agricultura mais inclusiva e sustentável”.

    Suzane Lopes, agrônoma e extensionista da AGERP, trabalha diretamente com os agricultores da Cooperativa do Perímetro Irrigado onde a Ambev trabalha com a Embrapa Cocais. Ela tratará da comercialização da mandioca para a Ambev e dos benefícios e oportunidades que os agricultores tiveram com esse processo. “Também falarei sobre como melhorar a produção no campo para se adequar ao que a Ambev exige em termos de qualidade da matéria-prima. E também sobre o trabalho da AGERP no perímetro com os agricultores da cooperativa e associação existente no local, experimentos instalados, projetos e resultados”.

    Mecanização no cultivo da mandioca

    Na tarde do dia 1º de fevereiro e ao longo do dia 2 de fevereiro, será a vez do segundo evento, que será realizado na Cooperativa dos Produtores Rurais do Tabuleiro de São Bernardo, no Povoado Alto Alegre: o curso “Mecanização na cultura da mandioca” , uma das atividades do projeto de pesquisa Embrapa Cocais/Ambev. Entre os participantes, auxiliares técnicos, professores, estudantes de ciências agrárias, extensionistas, agricultores familiares. O instrutor é o professor Marcos Roberto da Silva, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.

    Entre os temas a serem abordados estão o sistema mecanizado de produção de mandioca, noções sobre conservação de solo e água na produção de mandioca, sistemas de manejo – convencional e conservacionista. Durante todo o dia do segundo dia de curso, será a parte prática. Os participantes selecionarão material de propagação para plantio mecanizado, ajustarão e manejarão plantadora de fertilizantes, aplicarão implementos agrícolas para manejo fitossanitário, manejo de plantas daninhas e adubação de cobertura e implementos auxiliares para colheita.

    “Apresentarei o estado da arte das máquinas agrícolas utilizadas na produção de mandioca, desde os implementos mecanizados até os manuais de plantio, bem como conceitos e técnicas de conservação do solo e da água utilizados no sistema de produção da mandioca. É de extrema importância o preparo correto do solo, adequação da quantidade de adubos e sementes por área e detalhamento na prática do plantio mecanizado, bem como o material de propagação para plantio e estabelecimento da lavoura. Todas essas etapas facilitam o plantio e a colheita e reduzem os custos de produção. É o diferencial da gestão mecanizada”, explica Marcos Roberto.



    Fonte: Agro