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Soja: 1º contrato de farelo cresceu expressivos 8,2%

    Agronews

    Os preços do farelo de soja subiram no Brasil e nos Estados Unidos em julho. Esse aumento esteve atrelado à crise econômica na Argentina, que gerou especulações de menor oferta do derivado para exportação – vale lembrar que a Argentina é o principal exportador mundial de farelo e óleo de soja

    Esse cenário elevou as expectativas de aumento das exportações de farelo de soja do Brasil e dos Estados Unidos. Aliás, o Brasil estava em negociações com a China em julho, para abrir o mercado daquele país ao produto nacional, o que, se acontecer, deve aumentar a disputa chinesa com a União Europeia, que atualmente é o principal consumidor do produto. derivado brasileiro.

    Além disso, o crescimento da demanda interna e externa por farelo de soja estimulou as indústrias nacionais a aumentarem suas compras de soja em julho, intensificando a competição entre esses demandantes e importadores, atraídos ao Brasil pelas apreciações cambiais e externas.

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    Com isso, no CME Group (Bolsa de Valores de Chicago), o primeiro contrato de vencimento do farelo de soja teve alta expressiva de 8,2% entre as médias de junho e julho, com valor médio de US$ 463,53/ton curta (US$ 510,95/ton ) em julho – o maior preço mensal desde março deste ano. Em um ano, a valorização é de 16,6%. Entre as médias de junho e julho, as cotações do derivativo subiram 6,7% na média das regiões monitoradas pelo Cepea.

    Entre julho de 2021 e julho de 2022, o aumento é de 13,3%. O dólar valorizou 6,2% entre junho e julho, com cotação média de R$ 5,37 no último mês, o
    maior desde janeiro deste ano.

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    óleo de soja

    Os preços do óleo de soja caíram em julho. O movimento de baixa se deve à desvalorização do petróleo. Além disso, o avanço do acordo entre Rússia e Ucrânia para liberar parte dos produtos nos armazéns ucranianos pelo Mar Negro gerou expectativas de aumento na oferta de óleo de girassol – a Ucrânia é o principal exportador mundial desse subproduto, que , por sua vez, é concorrente direto do óleo de soja.

    As estimativas de menor demanda por óleo de soja para produção de biodiesel, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, também pesaram sobre o óleo de soja. Conscientes da menor demanda por óleo de soja por parte do setor industrial, as indústrias alimentícias desistiram das aquisições do derivado, na expectativa de adquirir lotes abaixo de R$ 8.000/ton.

    Na cidade de São Paulo, o preço do produto (com 12% de ICMS) teve valor médio de R$ 8.163,08/t em julho, significativamente 11% abaixo do registrado no mês anterior. Vale ressaltar que este é o menor preço desde setembro de 2021, quando os valores eram de R$ 7.497,11/ton.

    Na Bolsa de Chicago, o contrato para o primeiro vencimento do óleo de soja registrou queda expressiva de 18,7% entre junho e julho, com valor médio de US$ 0,6202/lp (US$ 1.367,36/ton) em julho, o menor dos o ano. Ao comparar os preços de julho de 2021 e julho de 2022, a queda é de 5,5%.

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    soja

    Preocupações com uma recessão econômica global e aumento das taxas de juros afastaram os investidores dos mercados futuros de soja. Assim, em julho, houve uma reversão na tendência de alta dos preços das commodities, que vinha sendo registrada desde o início de 2022, quando os valores foram impulsionados pela demanda, pela restrição de investimentos e disponibilidade de energia e mineração e, posteriormente, , pela menor oferta de alimentos, dada a invasão da Ucrânia. E a pressão sobre os preços internacionais da soja foi reforçada pela menor demanda do grão norte-americano pela China e também pela desvalorização do óleo de soja.

    Assim, informações que indicam piora das condições das lavouras norte-americanas e preocupações com o clima nas lavouras daquele país não
    conseguiu sustentar os valores das oleaginosas em julho. No CME Group, o contrato de soja de primeiro vencimento (agosto de 2022) caiu 8,3% entre as médias de junho e julho, para US$ 15,5041/bushel (US$ 34,18/sc de 60 kg) no último mês. A desvalorização doméstica esteve ligada à menor demanda externa, principalmente da China.

    A expectativa de maior oferta no Hemisfério Norte a partir do próximo mês, tendo em vista o início da safra 2022/23, e o maior superávit da safra 2021/22 na América do Sul também pesaram nas cotações. Com isso, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da oleaginosa registraram quedas de 2,2% e 2,7% entre as médias de junho e junho, com fechamentos respectivos de R$ 190 74/sc e R$ 184,63/sc de 60 kg.

    Na média das regiões monitoradas pelo Cepea, as quedas foram de 2,3% no mercado de balcão (pago ao produtor) e de 2,4% no lote negociado entre empresas). Segundo a Secex, o Brasil exportou 7,51 milhões de toneladas de soja em julho, volume 24,79% inferior ao volume vendido no mês anterior e 13,28% inferior ao volume exportado há um ano. Do total embarcado, 5,17 milhões de toneladas foram destinadas à China, queda de 20% em relação a junho e 10,29% em relação a julho de 2021.

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    Fonte: Noticias Agricolas