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Semana termina com nova rodada de baixas de gado vivo em importantes mercados brasileiros • Portal DBO

    Semana termina com nova rodada de baixas de gado vivo

    No mercado físico de boi gordo, a segunda semana de agosto registrou forte especulação de queda nos preços da arroba, refletindo principalmente o baixo interesse dos frigoríficos na compra da matéria-prima.

    A sexta-feira (8/12) foi marcada por novos movimentos de queda da arroba bovina em algumas regiões brasileiras, com destaque para as praças do Mato Grosso, justamente um dos estados onde o frigorífico JBS teria anunciado férias coletivas envolvendo algumas unidades locais, de de acordo com informações fornecidas por consultorias que cobrem diariamente o setor pecuário em todo o país.

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    Além disso, os embarques de carne bovina, que vinham em alta nos meses anteriores, perderam força na primeira semana de agosto, em relação ao volume registrado no mesmo período de 2021.

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    Nesta sexta-feira, 12 de agosto, no interior de São Paulo, o mercado de boi gordo ficou praticamente parado, com estabilidade nos preços do boi gordo, informa a Scot Consultoria.

    “As indústrias de São Paulo estão fora da compra de gado gordo, definindo quais serão os próximos passos”dizem analistas escoceses.

    Com isso, o preço do boi gordo destinado ao mercado interno (sem prêmio de exportação) continua valendo R$ 300/@, segundo dados da Scot.

    Para o touro chinês mais jovem, até 30 meses, é pago em torno de R$ 310/@ em São Paulo, enquanto novilhas vaca e gorda são negociadas, respectivamente, por R$ 278/@ e R$ 292/@ (bruto e preços a prazo), de acordo com uma pesquisa realizada pela Scot.

    Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), durante os cinco primeiros dias úteis de agosto, o fluxo médio de embarques de carne bovina nos portos brasileiros foi de 7,88 mil toneladas por dia, volume 4,6% inferior ao registrado em agosto de 2021 e retração de 1,1% em relação à média de julho/22.

    “Apesar de o volume de exportações ao longo de 2022 registrar, até agora, o maior avanço acumulado da série histórica, existe o risco de formação de excedentes de proteína bovina diante de uma retração nas vendas para o mercado externo”analistas de notas da IHS Markit.

    O problema, continua a consultoria, é que o consumo interno, pelo menos por enquanto, não tem mostrado força suficiente para absorver o suposto volume excedente de carne bovina (no caso da consolidação do movimento de queda no ritmo dos embarques brasileiros).

    Revista DBO | Consumo interno de carne bovina pode acordar do coma

    Essa conjuntura, informa o IHS, influenciou a decisão dos frigoríficos de atuar de forma mais cadenciada nas compras de gado gordo durante as duas primeiras semanas de agosto.

    “As unidades industriais estão operando com o fornecimento de animais provenientes principalmente de parcerias firmadas com os grandes confinamentos (em sistemas de gado, principalmente)”dizem os analistas.

    Além das informações envolvendo a JBS, que teria anunciado férias coletivas em seis unidades de abate localizadas nos estados do Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o mercado ecoou a notícia da suspensão temporária das exportações para a China mantida pelo frigorífico Redentor, que “impressionou também a formação de preços em todo o mercado nacional”, informa o IHS.

    Nesta sexta-feira, a Redentor, localizada no município de Guarantã do Norte (MT), divulgou um comunicado confirmando a suspensão chinesa, apesar de não mencionar o motivo do embargo, dizem analistas do IHS.

    Na avaliação da consultoria, a pressão negativa sobre os preços do boi gordo deve continuar no curtíssimo prazo, já que as balanças de abate estão minimamente abastecidas até o final do mês, com relatos de operações que já avançam na primeira semana de setembro .

    “Os frigoríficos que ainda operam no mercado físico, originando animais para continuarem as suas escalas de abate continuam a testar níveis mais baixos e há relatos de negócios realizados abaixo dos pisos de referência”informa o IHS.

    Em relação à oferta de gado gordo, a consultoria destaca o forte aumento dos custos de engorda do gado em relação ao primeiro ciclo de engorda no cocho.

    A IHS Markit registrou relatórios de custos 40% superiores ao ano passado, com a diária média variando de R$ 23 a R$ 26 por animal.

    “O aumento dos custos afastou a possibilidade de manter os animais em engorda intensiva”enfatiza a consultoria.

    Progresso do abate – O IBGE registrou abates brasileiros de cerca de 7,32 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2022, um aumento de 2,7% em relação ao volume registrado no mesmo período de 2021 e um aumento de 5,2% em relação ao resultado obtido no primeiro trimestre deste ano.

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    A produção de carcaça bovina atingiu 1,93 milhão de toneladas no segundo trimestre deste ano, um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 5,1% em relação ao trimestre anterior.

    Esse comportamento mais agressivo no abate, diz o IHS, também ajuda a explicar os atuais ajustes nas operações das indústrias brasileiras, já que o consumo interno de carne bovina não registrou fôlego suficiente para absorver a crescente produção, transformando os volumes que não se destinavam a o mercado externo na produção excedente.

    Reação esperada no consumo – Apesar do atual desinteresse das indústrias na compra de gado gordo, os agentes do mercado pecuário ainda apostam no aumento do consumo interno de carne bovina nas próximas semanas, o que seria impulsionado pelas comemorações do Dia dos Pais, neste domingo, em além do dinheiro extra para a população brasileira gerado pelos pagamentos dos programas de distribuição de renda social do governo federal.

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    Essa eventual reação da demanda interna por proteína bovina pode levar os compradores de volta aos balcões do negócio de gado gordo, motivando a retomada dos preços elevados da arroba, uma vez que a oferta de animais permanece bastante seca, refletindo o período de entressafra. de gado terminado a pasto.

    Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 12/08
    (Fonte: IHS Markit)

    SP-Noroeste:

    boi a R$ 31/@ (prazo)
    vaca a R$ 285/@ (prazo)

    MS-Ouro:

    boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 260/@ (em dinheiro)

    MS-C. Grande:

    boi a R$ 280/@ (prazo)
    vaca a R$ 260/@ (prazo)

    MS-Três Lagoas:

    boi a R$ 280/@ (prazo)
    vaca a R$ 260/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    boi a R$ 287/@ (prazo)
    vaca a R$ 270/@ (prazo)

    MT-Tangará:

    boi a R$ 283/@ (prazo)
    vaca a R$ 270/@ (prazo)

    MT-B. Garças:

    boi a R$ 280/@ (prazo)
    vaca a R$ 265/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    boi a R$ 283/@ (à vista)
    vaca a R$ 265/@ (em dinheiro)

    MT-Colíder:

    boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 265/@ (em dinheiro)

    GO-Goiânia:

    boi a R$ 290/@ (prazo)
    vaca R$ 275/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    boi a R$ 290/@ (prazo)
    vaca a R$ 275/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    boi a R$ 300/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 280/@ (em dinheiro)

    MG-Triângulo:

    boi a R$ 290/@ (prazo)
    vaca a R$ 265/@ (prazo)

    MG-BH:

    boi a R$ 280/@ (prazo)
    vaca a R$ 260/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 270/@ (em dinheiro)

    RS-Porto Alegre:

    boi a R$ 321/@ (à vista)
    vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

    Fronteira RS:

    boi a R$ 321/@ (à vista)
    vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

    PA-Maraba:

    boi a R$ 270/@ (prazo)
    vaca a R$ 262/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    boi a R$ 275/@ (prazo)
    vaca a R$ 265/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    boi a R$ 284/@ (prazo)
    vaca a R$ 280/@ (prazo)

    TO-Araguaine:

    boi a R$ 280/@ (prazo)
    vaca a R$ 265/@ (prazo)

    TO-Grupo:

    boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 263/@ (em dinheiro)

    RO-Cacoal:

    boi a R$ 265/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

    RJ-Campos:

    boi a R$ 292/@ (prazo)
    vaca a R$ [email protected] (data limite)

    MA-Açailândia:

    boi a R$ 265/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 260/@ (em dinheiro)

    Fonte: Portal DBO