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SAIBA MAIS ! APESAR DE ALTA LEITE AINDA NÃO ATENDE OS CUSTO DO CAMPO

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    SAIBA MAIS !

    APESAR DE ALTA LEITE AINDA NÃO ATENDE OS CUSTO DO CAMPO

    Apesar da alta no preço, o aumento de custos da produção limitou o ganho de renda do produtor.

    No Mercado Internacional

    Os preços na cadeia produtiva do leite aumentaram nos últimos meses, refletindo a baixa oferta no campo, seja pela entressafra ou pela compressão das margens do produtor.

    O último leilão da Global Dairy Trade Platform (GDT) em 3 de maio registrou uma queda acentuada nos preços internacionais dos lácteos.

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    O leite em pó integral caiu 6,5%, para US$ 3.916/t, menor ainda que o leite em pó desnatado, que fechou em US$ 4.130/t.

    A queda dos preços esteve associada à desaceleração das importações chinesas.

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    Do Lado da Oferta

    Os principais exportadores continuam com uma produção limitada.

    A boa notícia no momento diz respeito à situação do plantio de grãos na Ucrânia.

    A estimativa do Ministério da Agricultura daquele país é conseguir plantar cerca de 80% da área plantada na última safra.

    Até o momento, as estimativas indicam que 60% da área de plantio prevista já foi plantada.

    O plantio do milho é um pouco mais tarde, mas está progredindo. Isso ajuda a reduzir as pressões ascendentes adicionais sobre algumas commodities usadas na produção de leite.

    No Mercado Brasileiro

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    Os preços na cadeia produtiva do leite aumentaram nos últimos meses, refletindo a baixa oferta no campo, seja pela entressafra ou pela compressão das margens do produtor.

    Com isso, o aumento de preços foi repassado ao consumidor, com alta de 4,15% em março e 5,52% em abril.

    No acumulado de 12 meses

    O preço médio dos produtos lácteos ao consumidor subiu 18,06%, chegando a 23,39% para o leite UHT. No mesmo período, o IPCA acumulou alta de 12,13%.

    Esse aumento é preocupante, pois afeta negativamente a demanda, que continua fraca.

    E o consumidor percebeu o aumento. De acordo com informações do Observatório do Consumidor/CILeite, o preço dos laticínios foi o segundo atributo mais citado pelos brasileiros no Twitter ao longo do mês de março. No entanto, o aumento dos preços ao consumidor continua aquém dos aumentos observados nos custos de produção.

    Entre janeiro de 2020 e março de 2022, enquanto o custo de produção do leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, subiu 64%, os lácteos aumentaram 31%. Ou seja, os 33 pontos percentuais restantes do aumento dos custos de produção foram absorvidos pelo setor, estreitando as margens nos elos da cadeia produtiva. Portanto, essa alta recente dos preços do leite ao produtor e à indústria tem sido positiva para a recuperação das margens.

    O preço real do leite ao produtor, médio Brasil, deflacionado pelo ICPLeite, registrou queda de 9,3% nos primeiros quatro meses de 2022 em relação ao ano passado.

    Mas o preço médio de abril já está no patamar de abril de 2021.

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    O mesmo movimento foi observado no setor industrial, com recuperação de preços e margens em abril. Outro fator positivo nesse momento foi a desaceleração dos preços do milho e do farelo de soja.

    Tanto o aumento das vendas internas da safra de verão quanto a valorização do real frente ao dólar contribuíram para a redução dos preços.

    Mas o início de maio traz algumas preocupações. Mesmo sendo o período de entressafra, o aumento de preços perdeu força no mercado atacadista e o setor está com dificuldade de repassar os preços. Nos últimos 15 dias, o preço no atacado do leite UHT em São Paulo caiu 0,5%, segundo levantamentos do Cepea. O queijo mussarela teve uma queda semelhante. Na primeira quinzena de maio, o leite no mercado spot mineiro caiu 7,8% em relação à segunda quinzena de abril. Por outro lado, a oferta continua a cair.

    Dados preliminares do IBGE indicaram queda de 10,5% na compra de leite pelas empresas de laticínios no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.

    A balança comercial segue com volumes de importação menores, reduzindo a disponibilidade interna. Assim, se por um lado a demanda é fraca, por outro a oferta também é menor, colocando um certo piso nos preços.

    O momento ainda sugere cautela e atenção na gestão de custos.