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Quatro tendências do agronegócio para 2023, segundo a ABPO • Portal DBO

    Quatro tendencias do agronegocio para 2023 segundo a ABPO •

    Segundo levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio representa 25,5% do PIB nacional, parcela relevante que coloca o país como um dos maiores produtores do mundo.

    Com diversas inovações no setor, a tendência é que os produtores se adaptem a essa nova realidade tecnológica e a novos meios de produção, que podem facilitar o manejo e aumentar a rentabilidade da pecuária ao longo dos anos.

    Confira as quatro tendências para o agronegócio em 2023, segundo a Associação Pantaneira da Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO).

    Implementação de tecnologias e rastreabilidade na pecuária – A tecnologia no agronegócio é essencial para a expansão do setor, não só para redução de custos, mas também para otimização da produtividade e maior controle da gestão da produção.

    A adoção de tecnologia na produção visa facilitar e auxiliar o crescimento da agricultura nacional, incrementando a economia do país.

    SAIBA MAIS | Rastreabilidade e mudança de uso do solo fazem parte dos debates do GTPS

    Dentre as tecnologias utilizadas atualmente na pecuária está o sistema de rastreabilidade, que é uma ferramenta que garante o controle de qualidade dos sistemas de produção de alimentos, por meio da documentação de cada etapa.

    Com a captação e transmissão de dados é possível trazer agilidade e confiabilidade na comunicação das informações. Esse sistema permite identificar a procedência e o manejo adotado na produção e transmitir informações sobre a procedência e qualidade dos produtos, em tempo real e de forma segura, ao longo das etapas da cadeia produtiva.

    O blockchain, ferramenta de triagem, é uma alternativa ao produtor, pois traz mais segurança e transparência para toda a cadeia pecuária, desde o nascimento até o abate do gado.

    Esse sistema tende a trazer mudanças significativas para a cadeia produtiva da carne bovina, pois qualquer falha durante a produção pode ser identificada mais rapidamente pelo sistema, pois todo o processo é rastreado.

    “Os produtores rurais que adotam práticas agrícolas associadas ao uso de tecnologia superam desafios produtivos e tomam decisões que auxiliam no aumento de produtividade e lucratividade, além de permitir uma avaliação diferente daquela a que o produtor está acostumado. Na ABPO, buscamos implementar um projeto voltado para a rastreabilidade digital de ponta a ponta, para monitorar os produtos desde sua origem e dar maior visibilidade ao produtor em cada etapa da gestão”enfatiza Eduardo Cruzetta, presidente da ABPO.

    A adoção de sistemas de rastreabilidade e o avanço da tecnologia na pecuária é uma importante estratégia para garantir a produção de alimentos seguros, segregar lotes com características diferenciadas e agregar valor aos produtos no mercado final.

    Uso de bioinsumos em lavouras e pastagens – Assim como a tecnologia utilizada no agronegócio, o uso de insumos biológicos pode ser um fator favorável aos produtores rurais em 2023. Bioinsumos são produtos, processos ou tecnologias de origem vegetal, animal ou microbiana, destinados ao controle de pragas e doenças ou à melhoria da fertilidade .

    Líder mundial em bioinsumos, o Brasil aplica esse tipo de manejo em mais de 23 milhões de hectares e já exporta a tecnologia para outros países.

    Segundo a IHS Markit, adquirida pela S&P Global, o mercado de produtos de controle biológico no Brasil cresce a uma taxa anual de 42% e a projeção é que até 2030 esse setor alcance R$ 16,9 bilhões.

    “Os bioinsumos ajudam a aumentar a produtividade no campo e a manter a segurança alimentar, agregando valor ao produto final. Além disso, o uso desse meio para agricultura tem impacto positivo no manejo e manutenção do solo, com melhorias nos processos biológicos e físico-químicos, incentivando a sustentabilidade”esclarece o presidente da associação.

    A utilização de bioinsumos em lavouras e pastagens é uma prática sustentável que pode incentivar o uso de recursos biológicos na agricultura brasileira, aproveitando a biodiversidade e reduzindo a dependência de insumos importados.

    Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostram que o uso de bioinsumos representa uma economia de US$ 13 bilhões por ano para o setor agropecuário.

    Anuário DBO | As megatendências para 2030

    terroir e identificação da produção de carne – O termo terroir refere-se às condições do meio físico e às propriedades geográficas de um determinado local ligadas a um produto alimentar.

    Embora seja comum encontrar o conceito de terroir em produtos como vinho, café e queijo, na pecuária o assunto vem sendo explorado pelos produtores e avançando cada vez mais, ao estabelecer uma relação geográfico-cultural com o consumidor e, ao mesmo tempo, tempo, por tem um rígido protocolo de produção a ser seguido.

    SAIBA MAIS | ABPO avança no processo de indicação geográfica de carne do Pantanal

    Produtos de um terroir podem possuir selos distintivos, conhecidos como certificados de Indicação Geográfica, que podem ser classificados como Indicação de Origem (IP) ou Denominação de Origem (DO).

    Além de ser um indicador de qualidade, a indicação geográfica é uma forma de valorizar produtos ou serviços exclusivos de uma localidade.

    Eduardo Cruzeta

    “A Indicação Geográfica da Carne do Pantanal pode trazer benefícios ao bioma Pantanal, trazer resultados positivos para o produtor e melhorar sua produção, além de garantir melhorias significativas nos âmbitos econômico, ambiental e social. A ABPO tem legitimidade para representar os produtores pantaneiros e gerir a IG da carne pantaneira, que deve fomentar o mercado, aumentando assim sua lucratividade e mantendo as boas práticas de manejo”comenta Cruzeta.

    O uso do conceito de terroir ainda tem muito espaço para crescer e no Brasil, pois o gado de corte é produzido em todos os biomas brasileiros e os consumidores estão cada vez mais exigentes e dispostos a descobrir e valorizar a qualidade da carne produzida.

    Sustentabilidade na pecuária – A sustentabilidade aplicada aos meios de produção do agronegócio é baseada em práticas de conservação ambiental e proteção da biodiversidade.

    Com a modernização do agronegócio e estudos realizados ao longo dos anos, o setor desenvolveu práticas sustentáveis ​​que também estão alinhadas com produtividade e lucro.

    Na pecuária sustentável, cujo protocolo foi desenvolvido pela ABPO, são verificadas as condições ambientais em que o animal está inserido, como o manejo adequado das pastagens, utilizando técnicas que não prejudiquem ou reduzam ao máximo os danos causados ​​ao meio natural.

    Com isso, a eficiência do processo pecuário é garantida e a produção trabalha em conjunto com o meio ambiente. Além disso, a associação também agrega às suas atividades conceitos de qualidade, responsabilidade social e ecológica e desenvolvimento sustentável com foco na produção, pontos de extrema importância para o setor atualmente.

    “O investimento em práticas sustentáveis ​​na pecuária garante a proteção da biodiversidade, oferece ao consumidor produtos de qualidade e permite o aumento da produtividade do produtor rural”, diz Eduardo. Tecnologia, pesquisa, inovação, produtividade e sustentabilidade são alguns dos principais aliados dos produtores rurais.

    Com investimento em equipamentos adequados para transformar a produção do agronegócio, é possível coordenar as operações de forma mais eficiente e sustentável, além de solucionar problemas com rapidez, garantindo bons resultados para os próximos anos.

    Fonte: Ascom ABPO

    Fonte: Portal DBO