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Preço do leite pago ao produtor no Brasil bate recorde

    Preço do leite pago ao produtor no Brasil bate recorde

    Preço do leite pago ao produtor no Brasil bate recorde – Segundo o Cepea, a entidade diz que o avanço já era esperado por agentes do setor…

    No mês de agosto o preço do leite pago ao produtor registrou a sétima alta consecutiva, alcançando novo recorde da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, iniciada em 2004. Em relatório, a entidade diz que o avanço já era esperado por agentes do setor.

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    O levantamento mostra que o leite captado em julho e pago aos produtores em agosto se valorizou 11,8%, chegando a R$ 3,5707/litro na “média Brasil” líquida do Cepea.

    Preço do leite pago ao produtor no Brasil bate recorde
    Preço do leite pago ao produtor no Brasil bate recorde

    “O valor médio do leite acumula avanço real de 60,7% desde janeiro/22 (os dados foram deflacionados pelo IPCA de julho/22)”, indica.

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    O Centro de Estudos destaca que pesquisas ainda em andamento indicam que o movimento de alta deve ser interrompido, com possibilidade de forte queda no preço do leite a ser pago ao produtor em setembro.

    “O encarecimento do leite no campo ao longo dos últimos meses se deve à baixa disponibilidade (da matéria-prima)”, explica a entidade.

    De acordo com o Cepea, o avanço da entressafra intensificou a restrição de oferta de leite, mas, neste ano, o setor enfrenta um enxugamento mais drástico da produção, devido à combinação de seca e mudanças estruturais no campo, desencadeadas pelo aumento nos custos de produção nos últimos anos e pelos menores níveis de investimentos na atividade.

    “Nesse cenário, a produção no campo entre junho e julho ficou abaixo da expectativa do setor, mantendo acirrada a disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores de leite cru”, acrescentou.

    Com a captação abaixo do esperado, o Cepea apurou que houve diminuição importante nos estoques de lácteos e, consequentemente, o encarecimento expressivo dos derivados ao consumidor entre esses meses.

    “Porém, os preços atingiram patamares tão elevados nas gôndolas que, desde a segunda quinzena de julho, observa-se enfraquecimento da demanda”, observa.

    Preço do Leite no varejo

    Uma reportagem do Canal Rural aponta que os estoques seguem aumentando no varejo.

    O levantamento do Cepea, que monitora as negociações diárias entre indústria e atacado paulista, mostrou diminuição nos preços dos lácteos ao longo de agosto.

    “Na média mensal, o leite UHT e a mussarela se desvalorizaram quase 15% e 10% de julho para agosto, respectivamente”, aponta.

    As quedas no mercado de derivados devem ser transmitidas ao campo, resultando, em diminuição no preço do leite captado em agosto e a ser pago ao produtor em setembro.

    Ainda de acordo com o site, outro fator que deve interromper o movimento altista do produtor em setembro é o forte aumento das importações, que cresceram 27% em julho, diz o Cepea.

    A oferta no campo também deve voltar a aumentar nos próximos meses.

    O preço do leite captado em julho/22 e pago em agosto/22 aos produtores foi divulgado pelo Cepea-Esalq/USP. O valor se estabeleceu em R$ 3,5707/litro na “Média Brasil” líquida, o que representou elevação de 11,8% relação ao mês anterior – alta de R$0,37/litro.

    Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de julho /2022).

    leite cepea
    Fonte: Cepea Esalq/USP

    O preço do leite no campo registou sua sétima alta consecutiva e, com isso, atingiu novo recorde da série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2004. No acumulado (desde janeiro/22), o valor médio apresenta alta de 60,7% (os dados foram deflacionados pelo IPCA de julho/22).

    A baixa disponibilidade de leite no campo, estimulada pela entressafra e redução da produção devido a combinação de fatores associadas aos custos de produção e menores investimentos nas propriedades, foram fatores que estimularam a sequência de altas.
     

    Cenário futuro de preços de leite no campo preocupa

    Nos últimos meses, a baixa captação de leite no campo reduziu os estoques da indústria, o que gerou um aumento significativo nos preços dos leites e derivados para o consumidor final nas gôndolas dos mercados durante os meses de junho e julho.

    Esse aumento gerou enfraquecimento da demanda no mês de agosto. Segundo levantamento do MilkPoint Mercado, o leite UHT e a muçarela, nas vendas da indústria ao varejo, se desvalorizaram mais de 30 e 25%, respectivamente, nas últimas 4 semanas.  

    De fato, conforme análise da equipe do MilkPoint Mercado, a demanda tem sido o principal fator que tem feito recuar as cotações dos preços pagos pelo varejo à indústria e no restante da cadeia produtiva.

    Apesar das condições um pouco mais favoráveis da economia e dos auxílios financeiros pagos pelo governo a parte da população, a inflação dos lácteos foi bastante elevada em julho: segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo

    média de preços no varejo para o leite UHT em julho foi de R$ 7,56/litro, 77,5% maior que em julho de 2021; para a muçarela, a inflação do mês foi de 35,8%, com preço médio do queijo cotado em R$ 65,4/kg.

    Neste cenário o consumo cai, as indústrias acumulam estoques de produto (apesar da ainda baixa oferta de leite no campo) e, como consequência, os preços começam a baixar. 

    De acordo com informações de diferentes agentes do mercado, esta baixa deve chegar nos preços ao produtor pagos em setembro, pelo leite fornecido em agosto.   

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