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PIB da cadeia de flores e plantas ornamentais ultrapassa R$ 7 bilhões, mostra estudo inédito

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    Foto: André Luiz dos Santos Furtado/Embrapa/Divulgação

    Estudo inédito realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com o Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura) mostra que o PIB da cadeia de flores e plantas ornamentais foi de R$ 7,16 bilhões em 2017. Portanto, essa cadeia representou 0,53% do agronegócio brasileiro em 2017. Quando deflacionado, esse PIB a preços correntes chega a R$ 9,1 bilhões.

    Segundo pesquisadores do Cepea, 2017 foi escolhido como ano base por ser o último lançamento do censo agropecuário – que inclui informações detalhadas sobre as atividades agrícolas brasileiras que são utilizadas na estimativa. A partir de 2017, o PIB da cadeia será evoluído pelo Cepea/Ibraflor, criando uma série histórica que abrange os anos atuais e que será sempre atualizada, a ser explorada nos próximos relatórios, que, por sua vez, publicado no site do Cepea.

    Pesquisadores do Cepea e profissionais do Ibraflor acreditam que a existência de informações confiáveis ​​e sempre atualizadas sobre o tamanho e o desempenho da cadeia de flores e plantas ornamentais torna-se essencial diante do dinamismo atual, da perspectiva de crescimento e dos desafios que esta cadeia ainda enfrenta. .

    primeiros resultados

    O PIB gerado dentro do portão (na produção de flores e plantas ornamentais) somou R$ 1,67 bilhão em 2017, 23% do total da cadeia. O PIB per capita desse segmento foi estimado em R$ 35,3 mil, 76% superior à média da agropecuária, o que, segundo pesquisadores do Cepea, mostra o alto valor agregado por trabalhador na atividade, que é predominantemente formada por pequenos estabelecimentos. familiar e intensivo em tecnologia. É importante lembrar que o PIB gerado deve remunerar todos os fatores de produção envolvidos, convertendo-se em pagamentos de salários, juros, aluguéis, impostos e remuneração do empregador/autônomo.

    Os segmentos de comércio e serviços de correio (exceto agrosserviços), juntos, geraram PIB de R$ 2,19 bilhões (31% do total), sendo R$ 178 milhões no comércio atacadista, R$ 321 milhões em super e hipermercados. , R$ 624 milhões em floriculturas, R$ 728 milhões em serviços de decoração e R$ 335 milhões em serviços de paisagismo e jardinagem. Esse resultado explica a importante agregação de valor que continua ocorrendo na economia enquanto as flores e plantas ornamentais que saem do produtor chegam ao consumidor final.

    Como de costume, no agronegócio como um todo e também na economia brasileira, o maior valor agregado ficou por conta do segmento de agrosserviços da cadeia, cujo PIB totalizou R$ 3,23 bilhões (45% do total), segundo o Cepea . Esse valor é uma estimativa do que foi gerado pelas atividades econômicas do país ao fornecer à cadeia de flores e plantas ornamentais serviços de transporte, financeiro, jurídico, contábil, consultoria e telecomunicações, entre outros.

    A rede movimentou R$ 14,6 bilhões (soma dos valores brutos de produção de todos os segmentos). Essa medida não é uma boa medida do tamanho da cadeia no sistema econômico (e contém dupla contagem), mas é uma indicação do valor que a cadeia fez “girar” na economia em 2017.

    A elasticidade-renda da demanda na cadeia também foi estimada: um aumento de 1% na renda per capita da população implica um aumento no gasto per capita de consumo de flores e plantas ornamentais de 1,235%. Segundo pesquisadores do Cepea, essa sensibilidade é semelhante a outros produtos considerados superiores ou de luxo, como vinhos, frutas e light mais caros, diet e orgânicos.

    notas metodológicas

    O objetivo desta etapa do projeto entre Cepea e Ibraflor foi mensurar o PIB do agronegócio da cadeia em 2017, trazendo um retrato da geração de renda em todos os seus segmentos. Esse objetivo foi alcançado com a aplicação de metodologia própria do Cepea, adotada para o PIB do agronegócio brasileiro desde 1999 e adaptada e aplicada a diversas outras cadeias agropecuárias. A base para o cálculo dos valores monetários do PIB foi uma Matriz Insumo-Produto (MIP), estimada neste estudo para o ano de 2017, com base nas matrizes e Tabelas de Recursos e Usos divulgadas pelo IBGE.

    Lembre-se que o PIB é uma medida de valor agregado. O PIB, em cada etapa da cadeia, é medido sob a ótica do produto ou pelo Valor Adicionado (VA) mais Impostos Indiretos Líquidos de Subsídios (IIL). O VA é obtido pela diferença entre o Valor Bruto da Produção (VBP) e o Consumo Intermediário (CI), que diz respeito ao custo dos insumos consumidos na produção. A renda gerada, por sua vez, é utilizada para remunerar todos os fatores de produção – de modo que o PIB não é um indicador de rentabilidade.

    A cadeia de flores e plantas ornamentais, especificamente, apresenta uma grande variedade de agentes atuando no pós-portão, formando uma complexa rede de inter-relações. No entanto, estimar o PIB envolve algumas simplificações e agrupamentos de atividades.

    do Cepea

    Fonte: Agro