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Nutrição correta da pecuária leiteira

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    Nutrição correta da pecuária leiteira
    Nutrição correta da pecuária leiteira

    Vamos relembrar aqui assuntos como, por exemplo, o processo de ruminação das vacas.

    E aí? Vamos em frente?

    Os ruminantes são animais que durante sua evolução conseguiram desenvolver a capacidade de digerir e aproveitar os nutrientes derivados de plantas, como as forragens.

    Ruminar refere-se ao seu ato regurgitar alimentos colhidos na boca onde é novamente mastigado (ruminado) e deglutido.

    Os ruminantes usam o processo de mastigação para quebrar os tecidos vegetais.

    Esse processamento mecânico da mastigação facilita principalmente o ataque de microrganismos presentes no rúmen.

    Esses microrganismos (bactérias, fungos e protozoários) aderem às partículas da forragem e penetram no tecido, iniciando o processo de digestão e hidrólise das fibras.

    O produto final do processo de digestão da fibra é a produção de ácidos graxos voláteis de cadeia curta e proteína microbiana resultando em energia e proteína para os animais.

    Este sistema é considerado uma troca, pois o ruminante alimenta os microrganismos no rúmen e os microrganismos produzem energia e proteína.

    Mas para que essa “troca de favores” entre vaca e microrganismos ocorra e se mantenha em equilíbrio, a alimentação desses seres deve ser bem equilibrada.

    Antes da domesticação da vaca leiteira, a forragem coletada era suficiente para manter a sobrevivência e perpetuação da espécie.

    No entanto, o homem precisava melhorar a eficiência dos rebanhos e era necessário agregar à pecuária leiteira um sistema alimentar de grãos e farelo vegetal para suprir as exigências nutricionais desses animais.

    A forragem como alimento básico na nutrição de uma vaca leiteira, seja oferecida em pastejo ou alimentada no cocho, como silagens ou capim picado, tem a característica principal a presença de fibra.

    Mas vamos lá, para facilitar o entendimento da nutrição de ruminantes, vamos definir fibra como um componente de forragens com:

    • Propriedades físicas (que promovem a ruminação e a saúde do rúmen)
    • Propriedades nutricionais – Carboidratos estruturais (hemicelulose, celulose, lignina, sílica e pectina) Carboidratos não estruturais (açúcares, amido e pectina)
    • Propriedade não nutricional (lignina, que não será digerida, sendo perdida nas fezes do animal)

    Quando consideramos os componentes celulose, hemicelulose e lignina, damos a este conjunto, ou seja, o nome de NDF (Fiber in Neutral Detergent).

    Pois é uma das características na composição da forragem que influenciará na dinâmica nutricional de uma vaca leiteira.

    • A digestibilidade da FDN influencia a quantidade e qualidade do uso de concentrados
    • Também a quantidade e digestibilidade da FDN poderão determinar a capacidade ingestiva da vaca (limitação física de ingestão, enchimento ruminal)
    • Além disso, a quantidade e a qualidade da FDN, assim como o tamanho das fibras, interferem no equilíbrio do pH ruminal, contribuindo para a saúde ruminal.

    Historicamente, pastagens tropicais bem manejadas e fertilizadas têm potencial para manter a produção diária de leite de:

    7 kg/vaca a 15 kg/vaca de leite, sem uso de alimentação complementar.

    Apesar disso, devido às características qualitativas das espécies climáticas tropical essas forrageiras não são suficientes para sustentar produções acima de 15 kg/vaca/dia, sem perder o escore de condição corporal dos animais.

    Isso mostra que, para alcançar altos níveis de produtividade, além da aplicação de insumos e do potencial genético do animal, a qualidade da forragem assume um papel importante.

    Em geral, o forrageiras tropicais possuem alto teor de FDN e baixa digestibilidade principalmente na estação seca, o que limita o consumo de volumoso e sua digestibilidade pelos animais, o que pode levar à baixa produção de leite.

    Este limitação nutricional para a produção de leite, podem ser reduzidos ou mesmo eliminados com o uso de suplementação adequada.

    A utilização de suplementos na forma de concentrados e rações para vacas leiteiras visa fornecer o teor de nutrientes necessário para que o animal manifeste seu potencial máximo de produção de leite, suprindo todas as suas demandas nutricionais.

    A suplementação quando realizada corretamente, sobretudo, promove efeitos a curto e longo prazo como:

    • Maior produtividade (litros/leite/animal/dia)
    • Aumento da produção de leite por hectare
    • Ganho de pontuação de condição corporal
    • Aumento dos dias de lactação
    • Aumento na taxa de lotação
    • Melhoria dos índices reprodutivos
    • O aumento da imunidade consequentemente melhora a saúde

    Recomendações sobre as quantidades de FDN para sua dieta:

    • Mínimo de 15% de FDN da forragem
    • Mínimo de 21% MS de NDF efetivo

    A quantidade de concentrado oferecida depende de vários fatores, como:

    Resumindo, para saber exatamente quanto concentrado seu rebanho precisa, procure um técnico da Premix.

    Ele certamente saberá analisar seu imóvel e passar as informações que você procura.

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    Fonte: Conexão Agro