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Gado – Prevenções e Cuidados para o Gado

    Prevenções e Cuidados para o Gado

    Prevenções e Cuidados para o Gado

    Doenças e prevenção

    A higiene diária ajuda o animal a não ficar doente.

    Existem muitas doenças do gado bovino, embora haja algumas que apenas têm importância em certas regiões (p.ex. a tripanossomíase ou doença do sono) ou sob certas condições específicas. Infelizmente, é praticamente impossível descrever, todas as doenças com os tratamentos recomendáveis. Para a identificação de doenças e o seu tratamento adequado é necessário os conhecimentos e aptidões dum especialista. Se os seus animais não estiverem em boa saúde, dever-se-á pedir assistência veterinária. Mais adiante descrevem-se algumas doenças, pondo ênfase nas medidas de prevenção.

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    Vacinações

    Para o gado leiteiro pode ser relevante aplicar vacinações contra as seguintes doenças:

    • Peste bovina. Vacinação obrigatória em muitas partes de África, que pode ser combinada com uma vacinação contra a pleuropneumonia contagiosa dos bovinos (PPCB) uma vez durante toda a vida.
    • A septicemia hemorrágica, que predomina nas regiões húmidas. As vacinações contra esta doença são realizadas, muitas das vezes, uma vez por ano e também protegem contra a antraz/carbúnculo e gangrena enfisematosa.
    • A febre aftosa (FA), nas regiões onde esta doença é comum. Deve-se repetir a vacinação cada ano.
    • A brucelose. Vacinam-se, uma vez, as fêmeas de, aproximadamente, 9 meses de idade.

    Diarreia e pneumonia dos vitelos

    A diarréia é a maior causa de morte para vitelos jovens durante as primeiras 2 – 3 semanas das suas vidas. Esta doença é fácil de detectar:

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    Criação de gado leiteiro o estrume é líquido, de cor branca e tem um cheiro muito mau. O vitelo tem um aspecto doente e não bebe adequadamente. Para prevenir a diarreia é muito importante que se dê colostro ao vitelo dentro de 2 horas após o seu nascimento e que se preste atenção à higiene.

    O uso de baldes limpos para alimentar e uma estabulação limpa são imprescindíveis. Também é importante manter o estábulo com chão limpo, seco, com uma cama ou ter um chão de ripas.

    O primeiro passo do tratamento é dar água fervida ao vitelo para prevenir a sua desidratação. Acrescentar uma colher de chá de sal de cozinha e duas colheradas de açúcar por litro de água. Quando o vitelo estiver recuperado, começar de novo, gradualmente, a alimentá-lo com leite.

    Se após um par de dias a diarreia não tiver desaparecido, será necessário um tratamento com antibióticos.

    Prevenções e Cuidados para o Gado

    Figura 10: Sinais de saúde e de doença dum vitelo. A: Animal sadio, alerta, com os olhos limpos, pêlo luzidio e as orelhas erguidas.

    B: Diarréia – animal com as patas traseiras e cauda sujas, as orelhas descaídas e os olhos cavados. C: Pneumonia – animal com os olhos e a nariz escorrendo, uma respiração difícil, a boca aberta e o pescoço esticado.

    Criação de gado leiteiro

    A pneumonia é uma causa importante de crescimento deficiente e de morte nos primeiros quatro meses da vida dum vitelo.

    Os sintomas são: tosse, febre elevada, os olhos aquosos e a nariz escorrendo. Os vitelos são infectados, principalmente, após de atingirem dois meses de idade.

    Para prevenção é importante que se alimente o vitelo com colostro, imediatamente depois do nascimento, e que se mantenha uma estabulação limpa, aberta, com boa ventilação e um chão seco. Os vitelos devem ser protegidos contra grandes flutuações de temperatura do ambiente. Pode-se aplicar uma vacinação em vitelos com três meses de idade. Se um vitelo sofrer de pneumonia, o tratamento com um antibiótico de amplo espectro, durante cinco dias no mínimo, dará, geralmente, bons resultados.

    Nós sabemos que na pecuária os índices produtivos, reprodutivos e financeiros estão totalmente atrelados e sempre se interligam de alguma forma.

    Contudo, em fazendas de leite, o resultado da produção está diretamente ligado ao ciclo de reprodução.

    Nesse sentido, quanto maior o status reprodutivo do animal, melhores serão os resultados na produção de leite em sua fazenda.

    Para tanto, a prevenção deve ser o ponto principal de todo o processo, tendo em vista que 50% das perdas gestacionais são promovidos por essas afecções e, na maioria das vezes, a identificação delas é feita justamente quando a perda já é irreversível, ou seja, quando há aborto.

    Esse artigo, portanto, vai mostrar quais são as principais doenças reprodutivas que podem afetar o seu rebanho e te mostrar como prevenir cada uma delas. Esperamos que este conteúdo te ajude a melhorar os resultados da sua propriedade.

    vaca lambendo bezerro

    Por que acontecem as doenças reprodutivas em bovinos?

    Na maioria das vezes, essas enfermidades acontecem por descuido do pecuarista e de sua equipe.

    Ou seja, a falta de manejo sanitário adequado e o não controle dos índices reprodutivos do rebanho. Nesse sentido, a junção dos fatores de manejo, prevenção e controle precisa ser feita com rigor em sua propriedade.

    Uma vez que não há prevenção os animais ficam expostos. E, se não há manejo sanitário adequado, aumenta o risco de infecção dos animais.

    gestão dos índices reprodutivos, além de fornecer informações importantes para seu planejamento, pode auxiliar na abordagem de casos clínicos.

    Quais são as principais doenças reprodutivas?

    Definir quais são as principais doenças reprodutivas e, posteriormente, os seus impactos para a sua fazenda é uma tarefa delicada.

    Contudo, entre as mais recorrentes podemos citar:

    • Leptospirose Bovina – Bacteriana
    • Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) – Viral
    • Diarréia bovina a vírus (BVD) – Viral
    • Brucelose – Bacteriana
    • Neosporose – Protozoário
    • Campilobacteriose – Bacteriana

    Como prevenir as principais doenças reprodutivas?

    Para evitar tais prejuízos, precisamos tomar alguns cuidados. Abaixo trazemos medidas de prevenção para as doenças reprodutivas citadas acima.

    Leptospirose Bovina

    Para a leptospirose bovina, a principal medida de prevenção é a vacinação dos animais.

    Porém, além disso, é preciso realizar o controle constante de pragas, cuidar de forma correta e preventiva da compra e trânsito dos animais e ficar atento à reposição das novilhas.

    É preciso também, evitar o compartilhamento de água e pasto por diferentes espécies, limitar o acesso a rios, riachos e mananciais por diferentes espécies. 

    Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)

    No caso da IBR viral, a principal prevenção é o manejo adequado e a vacinação.

    É necessário também isolar os animais em até três semanas antes de introduzi-los no rebanho. Além disso, a utilização de sêmen e embriões livres do vírus.

    A utilização de vacinas atenuadas e inativadas previnem o desenvolvimento de sinais clínicos e reduzem a liberação do vírus, mas não previnem a infecção.

    Por isso, você precisa definir como será feito o controle baseando-se na condição do rebanho e na situação epidemiológica do momento.

    Diarréia bovina a vírus (BVD)

    Quando falamos da diarréia bovina, um dos métodos mais eficientes de controle é a identificação feita por diagnóstico direto, como é o caso da RT-PCR (convencional e em tempo real), o ELISA antígeno e o isolamento viral.

    Com esse resultado algumas medidas de controle, como a vacinação do rebanho, podem ser conduzidas de forma precoce. A vacinação, como nos outros casos já apresentados, é sempre a melhor prevenção.

    Por isso, é importante que a imunização contra a BVD faça parte do calendário da sua fazenda.

    Brucelose

    Para prevenir a Brucelose Bovina é fundamental interromper a cadeia de transmissão, com um diagnóstico rápido e a eliminação dos animais positivos.

    brucelose bovina

    EÉ preciso identificar e aumentar o número de animais resistentes dentro do rebanho, sendo que a vacinação das fêmeas é uma das principais ferramentas de controle.

    Vacina para brucelose

    Atualmente existem duas vacinas no Brasil, a B19 e a RB51.

    A vacinação contra brucelose é obrigatória para todas as bezerras de 3 a 8 meses e a vacina a ser utilizada nesta fase é a B19.

    Como trata-se de uma vacina viva, é preciso, para aplicação, a presença de um médico veterinário, ou um vacinador treinado por esse profissional.

    Neosporose

    A melhor forma de controle é a realização de testes para identificar animais positivos e verificar atestados negativos da doença em animais vindos de outras fazendas. Além disso, outros cuidados são:

    • realizar transferência de embrião;
    • evitar interações com os cães;
    • impedir que cães comam os restos placentários e carne de animais mortos.

    Confira um texto completo sobre a Neosporose bovina!

    Campilobacteriose

    Para a campilobacteriose, a inseminação artificial com o controle rigoroso do sêmem, juntamente com a separação dos animais jovens e livres da doença é a melhor forma de controle.

    Contudo, a  utilização de touro de repasse junto com a IA, fará com que sua propriedade perca os benefícios do procedimento, contribuindo para manutenção da doença no rebanho.

    Além disso, outra grande forma de prevenção da Campilobacteriose  é a vacinação. Vacinas para esta patologia são utilizadas há vários anos no controle da doença, sendo fundamentais para as fazendas em que este procedimento da IA é difícil de ser implementado.

    vacinação de touros como forma preventiva é controversa. Portanto, não deve ser utilizada como a única forma de controle da doença. Ou seja, ela precisa ser utilizada em conjunto com a vacinação de fêmeas para obter os resultados esperados. 

    Como vimos, para todas as doenças reprodutivas em gado, os principais métodos de prevenção são o manejo correto e a vacinação. Mas, para conseguir manter esses processos funcionando de forma adequada em sua fazenda, é necessário contar com a ajuda de ferramentas de gestão e cuidado com a saúde do gado.

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