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Exportação de gado vivo é destaque na 4ª rota da expedição Confina Brasil

    Exportacao de gado vivo e destaque na 4a rota da

    Foto: Divulgação

    A Confina Brasil 2022 chegou à quarta rota com visitas a confinamentos e semiconfinamentos no Pará, Tocantins e Maranhão. De 5 a 9 de setembro, duas equipes de agrônomos, veterinários e zootécnicos visitaram 13 propriedades em oito cidades paraenses. Os principais destaques foram os trabalhos voltados à exportação de gado vivo, a produção de carne bovina premium a pasto e o uso do ultrassom de carcaça para a seleção genética do rebanho.

    A utilização de produtos de “Ouro” patrocinadores da pesquisa expedicionária foi observada em três propriedades no Pará. O confinamento de Joaíma, em Paragominas (PA), é um deles. A fazenda conta com assessoria da Nutron Cargill nas linhas de confinamento e pastagem. Além disso, no confinamento, é utilizado o Rumensin da Elanco – um aditivo à base de monensina que potencializa o ganho de peso e melhora a eficiência alimentar dos animais, além de prevenir a coccidiose. “Na visita à propriedade, vimos o efeito positivo da sombra para os animais. Praticamente todos foram protegidos do sol, evidenciando o conforto térmico proporcionado aos animais pelos gestores”, destaca Raphael Poiani, zootécnico e analista de mercado da Scot Consultoria.

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    Outra fazenda parceira da Nutron e Elanco é o confinamento Elizabeth, em Paragominas (PA). A propriedade utiliza o núcleo da Nutron Cargill para alimentar os animais, agregando – assim como o confinamento de Joaíma – o Rumensin da Elanco. Por fim, a propriedade também adquiriu um caminhão da Casale, também patrocinadora “Gold” da Confina Brasil 2022.

    Também de Paragominas (PA), a AgroDiamond projetou sua propriedade para que o vagão Casale possa, em apenas uma viagem, abastecer todas as pastagens do semi-confinamento. Para isso, as estruturas de alimentação foram organizadas em linha, para que, ao final, a carroça retorne fornecendo a dieta para os animais do outro lado. Além disso, a geração de energia é outra preocupação da propriedade. Com rios que deságuam em um grande lago, a AgroDiamond consegue gerar sua própria energia por meio de uma hidrelétrica. Dessa forma, possibilita o fornecimento de energia para todas as operações da fazenda, incluindo a fábrica e a área residencial.

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    Destaque da semana, a exportação de gado em pé é o foco de quatro confinamentos visitados pela Confina Brasil. Uma delas é a Agroexport, de Moju (PA). “Para exportar gado em pé, a propriedade coloca os animais em quarentena por pelo menos sete dias. Além disso, cada Estação de Pré-Embarque (EPE) tem seu próprio curral para os animais.” Todas as exigências para a exportação legal de gado em pé atendem ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    Os envios seguem as regras do Mapa

    O Grupo Mercúrio Alimentos, dono das fazendas Mandarim e Pontilhão, ambas em Abaetetuba (PA), também atende o mercado internacional. Seguindo as instruções do Mapa, as propriedades exportam gado vivo, principalmente, para Jordânia, Iraque, Turquia, Egito e Irã. “Cada país tem sua própria necessidade, seja raça, peso, idade ou gênero. De acordo com a demanda, as propriedades produzem de acordo com essas especificações, respeitando também as regras impostas pelo Mapa”, comenta Hugo Mello, engenheiro agrônomo da Scot Consultoria.

    Também pertencente ao Grupo Mercúrio, a fazenda Alexandria, em Santa Izabel-PA, abastece o frigorífico do grupo, que está autorizado a enviar carne para a China. Dessa forma, a propriedade coopera muito com a escala de abate da indústria. Os animais recebem 92,5% de concentrado na dieta, sendo 7,5% de volumoso. Resíduos de cervejaria e cascas de mandioca estão entre os principais insumos fornecidos para a composição da dieta.

    A fazenda FM, pertencente ao Grupo LFPEC, em Tomé-Açu (PA), também é classificada como Estação de Pré-Embarque (EPE). Quando há demanda internacional, o processo operacional é focado na exportação dos animais. Caso contrário, o grupo abastece o mercado interno.

    Por fim, a produção de carne de qualidade superior também é foco na região. Para isso, a Fazenda Carioca, em Castanhal (PA), cria pastagens ou semi-confinamento. Trabalhando apenas com fêmeas Brangus, os gestores realizam ultrassonografia de carcaça para seleção de animais, pois a tecnologia ajuda a classificar Marmoreio (MAR), Área de Olho de Lombo (AOL) e Espessura de Gordura Subcutânea (EGS). O ultrassom permite separar os animais e tomar decisões, como o momento certo para o abate e o direcionamento para o mercado.

    A Confina Brasil conta com o apoio de importantes empresas. Na categoria “montadora”, a expedição tem parceria com a Mitsubishi. Os patrocinadores “Gold” são: Casale, Coimma, Elanco, FS Bioenergia, iRancho, Nutron e UPL. O patrocínio “Prata” inclui Associação Brasileira de Angus, Reenergisa e Zinpro. A Embrapa, o Hospital de Amor e a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) são parceiros institucionais.

    Fonte: Agro