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Em 2050 devemos ser 9,7 bilhões de habitantes, como alimentar tanta gente?

    Em 2050 devemos ser 9,7 bilhões de pessoas. Como alimentar tanta gente?

    Por volta de 1800, a terra atingiu seu 1 bilhão de habitantes. Foi quando Thomas Malthus fez sua terrível profecia sobre a incapacidade da produção de alimentos acompanhar a explosão populacional.

    Sem o controle de habitantes, disse ele, a fome estouraria e o mundo entraria em erupção em guerras. Por comida.

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    A previsão mais famosa sobre o futuro da humanidade acabou sendo a mais errada de todas.

    Graças ao avanço tecnológico, a produção de alimentos cresceu de forma impressionante, sustentando o avanço da civilização. Em 1930, dobraríamos para 2 bilhões de habitantes.

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    Passadas mais 3 décadas, a população atingiu, na década de 1960, 3 bilhões de habitantes.

    Foi aí que a oikos começou a reclamar, originando a ecologia como disciplina científica essencial no aprendizado humano.

    Superada a alimentação como fator restritivo – tornando a fome um drama relacionado à distribuição, não à produção – surgiram os problemas ambientais.

    A pegada ecológica na Terra só cresceu.

    Na ultima terça dia 15 de novembro, atingimos 8 bilhões de habitantes segundo a ONU, em 2050 devemos ser 9,7 bilhões de pessoas. Como alimentar tanta gente? Como garantir um planeta sustentável?
    Na ultima terça dia 15 de novembro, atingimos 8 bilhões de habitantes segundo a ONU, em 2050 devemos ser 9,7 bilhões de pessoas. Como alimentar tanta gente? Como garantir um planeta sustentável?

    Nessa época, mais precisamente em 1972, o Clube de Roma, auxiliado por estudiosos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), publicou o preocupante “Limits to Growth”. O relatório apontava, para um cenário meio século à frente, um colapso da civilização, decorrente da escassez de bens naturais.

    Mais uma vez, o controle populacional parecia urgente. Também seria necessário estancar a economia.

    Proclamada pelo Clube de Roma, a receita para o futuro era “crescimento zero”. Caso contrário, os recursos naturais acabariam.

    Como em Malthus, o pessimismo civilizador seria novamente derrotado pela história. Mais uma vez, a inteligência humana, por meio das ferramentas do avanço tecnológico, superaria a (falsa) tragédia anunciada.

    Assim chegamos a 8 bilhões de habitantes. Apesar da eterna e detestável desigualdade entre povos e segmentos sociais, a vida é muito melhor do que no passado.

    Basta olhar para a idade média das pessoas ao redor do mundo.

    Desafios assustadores surgem e foram superados. Até quando?

    Muitos agora prevêem o fim do mundo devido às mudanças climáticas.

    O aquecimento planetário, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e geração de metano, ameaça a sustentabilidade.

    Ninguém poderá desdenhar a ameaça climática. A história nos ensina, porém, que a civilização supera seus desafios globais.

    O alerta dos cientistas, a mobilização da sociedade e até o grito do terrorismo ecológico instigam a inteligência humana, obrigando-a a oferecer respostas aos desafios existenciais.

    Há uma diferença do passado. No século XXI, as empresas privadas assumiram progressivamente a luta ambiental.

    Antes, era assunto de um ecologista. Agora, a agenda ESG faz parte da competição econômica, afetando os mercados.

    Veja só duas importantes propostas empresariais, originárias do Brasil, anunciadas na Conferência do Clima, a COP 27, que acontece no Egito:

    1. o roteiro tomado por 14 empresas gigantes ligadas ao agronegócio (ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, COFCO International, Golden Agri-Resources, JBS, Louis Dreyfus Company, Marfrig, Musim Mas, Olam International, Olam Food Ingredients (OFI), Viterra e Wilmar International), com o objetivo de reduzir as emissões do desmatamento;
    2. a criação do Biomas, formado pela associação de 3 bancos (Itaú/Unibanco, Santander e Rabobank) com 3 empresas (Suzano, Vale e Marfrig), visando restaurar e conservar florestas nativas.

    A defesa da Amazônia ajuda a derrubar as articulações internacionais que colocam barreiras às exportações brasileiras.

    No atual papel da economia capitalista nas mudanças rumo a uma economia de baixo carbono.

    É preciso buscar sinergias entre capital, governo e sociedade civil.

    Por outro lado, o maior erro cometido por alguns ecologistas tradicionais tem sido considerar a agricultura como vilã dos problemas ambientais. Como resultado, eles se tornam inimigos do campo. Eles atacam os produtores rurais.

    Já passou da hora dessa intriga acabar. Os modernos sistemas tecnológicos de produção na agricultura deixaram de ser um problema e passaram a ser uma solução ambiental.

    Aos poucos, a agricultura moderna, sustentável e regenerativa vai se impondo como dominante, deslocando a ultrapassada agricultura predatória.

    Quem apostar nessa virada encontrará o caminho para o futuro brasileiro. O Brasil tem tudo para se tornar a maior potência agroambiental do mundo. Não temos ilusões.

    Os 8 bilhões de seres humanos na Terra exigem comida ininterrupta. No entanto, é claro que a pegada ecológica tem limites.

    Chega de nós contra eles. Chega de perder tempo com acusações estúpidas.

    Chega de cultivar a discórdia. Chega de generalizar a exceção. É hora de promover o casamento entre agronomia e ecologia.

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