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Diferentes vermífugos bovinos: abamectina, doramectina e ivermectina

    Diferentes vermifugos bovinos abamectina doramectina e ivermectina

    É preciso saber diferenciar marcas e produtos em vermífugos bovinos, a ivermectina, por exemplo, é uma molécula. No entanto, existem mais de 95 marcas comerciais de produtos espalhadas pelo mercado.”

    O gerente de endectocidas da Unidade Bovina da Pfizer Saúde Animal, Miguel Domingues Júnior, diz que realmente há muitos produtos disponíveis para venda, o que pode confundir quem não está acostumado com essas substâncias. Além das diferenças entre os tipos de moléculas que compõem os produtos, também existem diferenças em relação à concentração do princípio ativo e ao tipo de veículo utilizado na formulação, sendo este último associado à maior ou menor disponibilidade do ativo. na circulação e nos tecidos. alvo e seu tempo de ação.

    Para Domingues, diante de tantas opções, a definição do produto ideal depende de uma série de fatores, como: finalidade do tratamento (Controle de parasitas internos, Controle de carrapatos, Miíase, Controle de vermes); categoria animal (bezerros recém-nascidos, bezerros desmamados, criação, terminação); nível de desafio e infestação/infecção; raça animal; história de uso de antiparasitários x percepção de eficácia; entre outros. Assim, a indicação mais adequada para qualquer dúvida que o usuário possa ter é procurar um médico veterinário.

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    Tipos de antiparasitários

    Em primeiro lugar, é importante ressaltar que embora o senso comum considere vermífugo como sinônimo de antiparasitário, deve-se notar que essa denominação se aplica apenas a produtos que combatem exclusivamente parasitas internos – vermes gastrointestinais e pulmonares. Os produtos que combatem parasitas externos – carrapatos, moscas, larvas de miíase, entre outros – são, por sua vez, chamados de ectoparasiticidas. Por fim, há a categoria de produtos que atuam tanto em parasitas internos quanto externos, que são chamados de ENDECTOCIDOS.

    Os endectocidas, da família MACROCYCLIC LACTONES, são eficazes no controle de parasitas gastrointestinais e pulmonares e parasitas externos. Cada uma delas possui características próprias, devendo ser escolhida de acordo com o principal problema instalado na propriedade e com base no levantamento das demais variáveis ​​citadas acima (categoria animal, histórico de uso dos produtos x resultados obtidos, nível de infestação/ infecção, etc). A consideração dessas variáveis ​​na escolha do produto é fundamental para o sucesso do tratamento e para a segurança do seu rebanho.

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    A abamectina, por exemplo, é um endectocida com amplo espectro de ação, mas é contraindicado para animais com menos de 4 meses de idade ou para animais debilitados e magros, que podem causar intoxicação e morte dos animais. No controle das miíases (bicheiras), por sua vez, embora existam algumas opções entre os endectocidas, o princípio de escolha é a Doramectina, pois apresenta resultados muito superiores no combate a esse tipo de parasita, sendo uma molécula extremamente segura e utilizada . inclusive em bezerros recém-nascidos para a prevenção de miíase (vermes) no umbigo.

    Por outro lado, é inútil usar o mesmo princípio ativo (muitas vezes mudando apenas a marca do produto) em rebanhos em que se observou baixa eficácia em tratamentos anteriores (o produto “não funcionou”). Este é um problema muito comum quando falamos, por exemplo, de ivermectinas. Apesar de ser uma boa molécula, o fato de ter sido amplamente utilizada nas últimas décadas nos trouxe o grave problema do surgimento de parasitas resistentes a esse princípio.

    Estágios da vida

    A escolha do melhor vermífugo a ser utilizado depende muito da fase de vida do animal. A doramectina, aplicada em maior concentração – 3,5% – é ideal para a fase de desmame. “Este é um momento crítico na vida do bezerro. O estresse gerado pelo desmame associado à época do ano em que ocorre (geralmente no início da seca) compromete a imunidade do animal, aumentando sua suscetibilidade aos parasitas. Além disso, o animal passa a ter contato mais intenso com o pasto para se alimentar (lembrando que o pasto é o local onde ocorre parte do ciclo de vida dos parasitas – fase de vida livre) aumentando a chance de infecção. Dessa forma, a aplicação de um vermífugo com princípio diferenciado e em maior concentração atuará em duas frentes: a primeira aumentando a aniquilação parasitária (devido à maior potência do produto) e a segunda fazendo o efeito durar, proporcionando maior proteção aos o animal. e maior segurança e produtividade para o produtor.

    Outro exemplo crítico da aplicação efetiva de vermífugos em um determinado estágio é seu uso na terminação, quando o animal está a poucos meses do abate. Nesse caso, Domingues diz que é muito comum a aplicação de outro endectocida: a moxidectina. “Nesta fase da vida do animal, o produtor busca maximizar a produtividade e o ganho de peso. Nesse momento, os parasitas comprometem o desempenho do animal ao competir por alimento, interferindo na conversão alimentar. A moxidectina, sendo uma molécula exclusiva, potente e eficaz mesmo contra cepas resistentes à ivermectina, permite combater os parasitas de forma eficiente, garantindo resultados superiores.

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    Fonte: Noticias Agricolas