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China, EUA, Brasil e Índia respondem por 50% da produção global de rações

    China EUA Brasil e India respondem por 50 da producao

    A pesquisa Perspectivas do setor agroalimentar de 2023 da Alltech, divulgada esta semana, mostra dados sobre a produção global de rações. Apesar dos desafios macroeconômicos significativos que afetam toda a cadeia de suprimentos, a produção global de rações permaneceu estável em 2022 em 1,266 bilhão de toneladas métricas, uma queda de 0,42% em relação às estimativas de 2021. A pesquisa anual, agora em seu 12º ano, inclui dados de 142 países e mais de 28.000 fábricas de rações.

    A Europa sentiu o impacto de vários fatores, como desafios de doenças, clima severo e as consequências da invasão da Ucrânia. A pandemia global de Covid-19 teve grandes impactos no setor agroalimentar, contribuindo para os desafios da cadeia de abastecimento e acelerando a adoção de novas tecnologias e práticas para a sustentabilidade ambiental.

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    Os dez principais países produtores de rações no ano passado foram China (260,739 milhões de toneladas), EUA (240,403 MMT), Brasil (81,948 MMT), Índia (43,360 MMT), México (40,138 MMT), Rússia (34,147 MMT), Espanha (31,234 MMT), Vietnã (26.720 MMT), Argentina (25.736 MMT) e Alemanha (24.396 MMT). Juntos, os 10 maiores países produziram 64% da produção mundial de rações, e metade da produção global de rações está concentrada em quatro países: China, EUA, Brasil e Índia. O Vietnã experimentou uma grande recuperação em termos de produção de ração em 2022, entrando no top 10 à frente da Argentina e da Alemanha e eliminando a Turquia, que relatou uma redução na tonelagem de ração. A Rússia ultrapassou a Espanha, onde houve uma redução significativa na produção de ração.

    Resultados da pesquisa:

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    *A produção de ração aumentou em várias regiões, incluindo América Latina (1,6%), América do Norte (0,88%) e Oceania (0,32%), enquanto a Europa diminuiu 4,67%, a África caiu 3,86% e a região da Ásia-Pacífico caiu 0,51%.

    *Globalmente, aumentos na tonelagem de ração foram relatados nos setores de aquicultura, aves, poedeiras e alimentos para animais de estimação, enquanto reduções foram relatadas nos setores de gado de corte, gado leiteiro e suínos.

    *Embora tenha experimentado uma redução estreita na produção de ração, a China continua sendo o maior país produtor de ração do mundo, seguida pelos Estados Unidos e Brasil.

    Resultados da espécie:

    *O setor avícola experimentou aumentos tanto na produção de aves poedeiras quanto na produção de ração para aves.

    *A gripe aviária, outras doenças e os altos custos das matérias-primas afetaram o setor avícola em muitos mercados, especialmente na Ásia, Europa e África. O crescimento do setor foi impulsionado por maiores desafios em outros setores que levaram ao aumento da demanda por ovos. No geral, a produção de ração no setor de galinhas poedeiras aumentou 0,31%.

    *Embora a tonelagem global do setor avícola tenha aumentado 1,27%, houve diferenças significativas entre os países. No geral, o crescimento da produção de ração no setor de frangos de corte foi relatado principalmente no Oriente Médio, América do Norte e América Latina.

    *A produção de ração para suínos caiu globalmente em 2022 em quase 3%. A peste suína africana e os altos preços das rações deprimiram a produção de suínos em muitos países. No entanto, no Vietnã, China, África do Sul, Brasil e México, os melhores preços da carne suína e outras condições de mercado levaram ao crescimento do setor.

    *A tonelagem de ração para gado leiteiro diminuiu 1,32%, principalmente devido ao alto custo da ração combinado com os baixos preços do leite, o que fez com que os produtores reduzissem o número de vacas e/ou dependessem mais de fontes de ração não comercial. Algumas exceções incluíram a Irlanda, onde a seca tornou os agricultores mais dependentes de rações comerciais, e a Nova Zelândia, onde os preços do leite eram mais altos.

    *A produção de ração para gado de corte diminuiu ligeiramente em 0,34% globalmente. A tendência de queda continuou na Europa, mas os aumentos foram registrados em quase todas as outras regiões. Na Austrália, a redução na tonelagem de ração foi resultado da abundância de pastagens e não um reflexo de qualquer mudança na demanda por carne bovina.

    *O setor de aquicultura experimentou um crescimento total da produção global de ração de 2,7%. Os 5 principais países de alimentação para aquicultura são China, Vietnã, Índia, Noruega e Indonésia. Aumentos significativos foram relatados na China, Brasil, Equador, Filipinas e nos EUA. A produção de rações para aquicultura foi um dos poucos setores que tiveram crescimento na Europa.

    *A produção de pet food teve o maior aumento entre os setores, com aumento médio global de 7,25% na produção. Esse aumento significativo se deve, em grande parte, ao aumento da posse de animais de estimação em meio à pandemia de Covid-19. A América do Norte e a Europa continuam sendo as principais regiões produtoras de pet food.

    Resultados regionais:

    *A América do Norte registrou um aumento de 0,88% (2,272 MMT) e os EUA continuaram sendo o segundo maior produtor de ração do mundo, atrás da China. O crescimento foi registrado nos setores de aves, bovinos de corte e alimentos para animais de estimação.

    *A América Latina experimentou um crescimento de 1,6% (3.006 MMT), e o Brasil permaneceu como líder na produção de ração para a região e ficou em terceiro lugar globalmente. A maior parte do aumento foi relatada pelo México, Brasil e Chile.

    *A Europa teve a maior queda na produção de ração, em 4,67% (-12.882 MMT), devido a questões como a invasão da Ucrânia e a disseminação de doenças animais, como a peste suína africana e a gripe aviária.

    *A Ásia-Pacífico ficou estável, pois as reduções relatadas na China, Paquistão, Tailândia e Malásia foram compensadas por aumentos no Vietnã, Filipinas, Mongólia e Coréia do Sul. A região inclui vários dos 10 principais países produtores de rações, incluindo China, Índia e Vietnã.

    *A África experimentou uma queda de 3,86% na tonelagem de ração (-1.718 MMT), principalmente devido às reduções relatadas no Egito, Marrocos, Quênia e Nigéria. A África do Sul, por outro lado, teve um aumento de mais de 2%, e a Namíbia também registrou maior tonelagem de ração em 2022.

    *A região do Oriente Médio aumentou significativamente em 24,7% (6.301 MMT) como resultado de relatórios mais precisos e esforços do governo da Arábia Saudita para aumentar a produção de frangos de corte como parte de seu plano Vision 2030.

    *A Oceania ficou estável, com uma pequena queda relatada pela Austrália que foi compensada por um leve aumento relatado pela Nova Zelândia.

    A Alltech trabalha em estreita colaboração com fábricas de ração, indústria e entidades governamentais em todo o mundo para compilar dados e insights para fornecer uma avaliação da produção de ração a cada ano. A produção de ração e os preços foram coletados pela equipe de vendas global da Alltech em parceria com associações industriais locais no último trimestre de 2022. Esses números são estimativas e devem servir como um recurso de informação para as partes interessadas do setor.

    Clique aqui para mais informações sobre a pesquisa.

    Fonte: Agro